Spagni (Fluffypony) não é mais o desenvolvedor principal da Monero

De acordo com um anúncio na última segunda-feira, 16, Riccardo Spagni, conhecido como Fluffypony, não vai mais ser o principal desenvolvedor da Monero. Ele vai ser substituído pelo desenvolvedor e contribuidor Snipa e vai continuar como “reserva” no futuro.

Em uma declaração à Decrypt, Spagni disse que “não serei mais desenvolvedor principal, mas continuo como desenvolvedor para, no futuro, descentralizar o projeto. Estive pensando em fazer isso há dois anos, desde que me afastei dos projetos do site e GUI (interface gráfica do usuário) da Monero, então isso não deve ser uma surpresa”.

Pensando no futuro, ele planeja focar mais no amplo ecossistema da Monero e da privacidade, principalmente no projeto Tari, um sidechain com mineração mesclada para emissão de criptoativos.

Os destaques do anúncio são um marco importante que todo projeto vai precisar atingir em seu caminho à descentralização.

Diferente do bitcoin, que teve a vantagem de ter um fundador anônimo que saiu do projeto logo no início, quase todos os projetos foram fundados por indivíduos conhecidos que continuam a administrá-los.

Se esses projetos forem se tornar realmente descentralizados, os fundadores terão que reduzir sua influência política sobre o projeto ao longo de seu crescimento.

A descentralização não é apenas um ideal esnobe. As redes descentralizadas encontram sua força e resiliência de descentralização política e arquitetônica. São essas propriedades que permitem que as redes descentralizadas operem sem censura ou controle por terceiros poderosos.

Como Satoshi declarou em um e-mail, em resposta a um feedback sobre seu whitepaper: “governos são bons em cortar as cabeças de redes controladas centralmente, como Napster, mas as redes P2P como Gnutella e Tor parecem se virar sozinhas”.