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SP volta atrás na flexibilização do uso de máscaras em locais abertos após Ômicron

02 dez 2021, 10:18 - atualizado em 02 dez 2021, 10:18
São Paulo
De acordo com nota do governo paulista, o recuo atendeu a recomendação feita pelo comitê científico que assessora a gestão estadual no combate à pandemia de Covid-19 (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O governo do Estado de São Paulo recuou da decisão de flexibilizar o uso de máscaras em locais abertos a partir de 11 de dezembro, citando a variante Ômicron do coronavírus, anunciou a gestão estadual nesta quinta-feira.

De acordo com nota do governo paulista, o recuo atendeu a recomendação feita pelo comitê científico que assessora a gestão estadual no combate à pandemia de Covid-19, após o governador João Doria (PSDB) pedir uma nova avaliação do grupo por causa da Ômicron.

“Decidimos adotar essa medida por prudência com o cenário epidemiológico no Estado. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução. O nosso maior compromisso é com a saúde da população”, disse Doria, segundo nota.

Ao reavaliar a flexibilização do uso de máscaras, o comitê científico apontou as incertezas em torno da Ômicron, detectada inicialmente na África do Sul e que já teve casos em vários países, entre eles o Brasil, com três confirmações em viajantes que vieram da África, todos eles moradores do Estado de São Paulo.

A Ômicron tem gerado preocupações de cientistas e do mercado financeiro por causa da grande quantidade de mutações que tem na proteína spike, usada pelo coronavírus para infectar as células. Os receios são de que a nova cepa possa driblar a imunidade induzida pelas vacinas existentes.

Entretanto, alguns fabricantes de vacinas afirmaram que, embora seja possível que os imunizantes sejam menos eficazes contra a Ômicron, é provável que eles protejam infectados pela nova variante de quadros graves da Covid-19 que levam à hospitalização e à morte.

Especialistas sul-africanos apontaram que, até o momento, os casos da Ômicron no país têm levado a quadros amenos da doença.

No entanto, cientistas alertam que são necessários mais estudos sobre a nova cepa para responder às várias perguntam que ainda a rondam.