SP reforça em 12% no ano exportação do agro basicamente processado
De janeiro a setembro as exportações do agronegócio paulista avançaram 12,4% na comparação anual e consolidam o panorama tradicional de que a pauta do estado é majoritariamente dominada por produtos processados.
Inclusive, dos principais grupos setoriais, pelo menos dois contam com pequena base produtora de matérias-primas em São Paulo, casos das carnes e complexo soja.
A maior parte carne bovina, que domina (86,6% em valores) a rubrica de proteínas animais exportadas (US$ 2,02 bilhões), é processada fora e transferida para as unidades de São Paulo dos frigoríficos para serem exportadas.
Em relação à soja, também as processadoras precisam importar mais grãos dos outros estados do que os produzidos internamente para transformação em óleo e farelo, que participaram com a quase totalidade na receita de US$ 2,17 bilhões no acumulado até setembro.
As indústrias de café e de produtos florestais igualmente necessitam de mais importações de outros estados, embora menos do que os outros grupos. Respectivamente, internaram US$ 496,1 milhões e US$ US$ 1,19 bilhão (52% de papel e celulose).
No geral do ano, segundo o levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), do governo de São Paulo, as exportações da cadeia da agropecuária totalizam US$ 14,3 bilhões, com a balança comercial apresentando superávit de pouco mais de US$ 11 bilhões.
E foram responsáveis pelo avanço do “PIB” do agronegócio em 13,1% nos primeiros nove meses do ano.
Na cabeceira entre todas as cadeias produtivas, desde sempre está a sucroalcooleira, vendendo ao exterior US$ 4,84 bilhões, sendo 87,7% de responsabilidade do açúcar.
Outro setor também com cara de paulista é o de sucos, que internou US$ 1,2 bilhão em receitas, onde a laranja foi responsável por 92%.
No cômputo geral, o IEA-Apta apontou que todos obtiveram variações positivas de janeiro a setembro.