S&P eleva classificação da Azul (AZUL4) para ‘CCC+’ após reestruturação de dívida
A agência S&P Global Ratings elevou a classificação de risco da Azul (AZUL4) de SD (selective default) para “CCC+” com perspectiva positiva.
Segundo a S&P, a atualização reflete a reestruturação bem-sucedida da dívida da companhia aérea e uma estrutura de capital “melhor”.
A agência destaca que a Azul melhorou sua liquidez e reduziu a dívida, após a troca da dívida, renegociação de passivos de arrendamento e emissão de notas superprioritárias. Ainda assim, pontua que o fluxo de caixa pode ser ameaçado pela volatilidade macroeconômica.
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“A perspectiva positiva reflete nossa expectativa de que o crescimento da capacidade e um ambiente de forte rendimento darão suporte a margens de Ebitda sólidas, reduzirão a alavancagem abaixo de 5 vezes e melhorarão os fundos das operações (FFO) para dívida perto ou acima de 10% até o final do ano de 2025”, afirma.
A reestruturação de dívidas da Azul
A Azul concluiu na última terça-feira (28) a reestruturação de suas obrigações financeiras, abrangendo acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes. A companhia também liquidou a emissão de US$ 525 milhões em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030.
A reestruturação extinguiu US$ 1,6 bilhão em dívidas e captou US$ 525 milhões adicionais, fortalecendo a liquidez e reduzindo a alavancagem, disse a empresa.
A companhia afirmou ainda que a alavancagem deve recuar de 4,8 vezes para 3,4 vezes em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.
Entre as medidas acordadas estão as negociações com arrendadores e fabricantes, que resultaram na substituição de US$ 557 milhões em emissão de ações por 94 milhões de novas ações preferenciais AZUL4. Além disso, houve a extinção de US$ 243,6 milhões em notas, que foram substituídas por novos acordos comerciais.
A aérea também realizou a emissão de novas notas sem garantia com vencimento em 2032. Como resultado dessas ações, houve uma melhoria no fluxo de caixa de US$ 300 milhões entre 2025 e 2027.
Com os detentores de títulos, foram emitidos US$ 525 milhões em Notas Superprioritárias e convertidos US$ 784,6 milhões em notas de 2029 e 2030 por ações preferenciais, com cronograma até abril de 2025, informou a aérea.