S&P e Nasdaq fecham em máximas recordes ainda sob efeito do Fed
Os índices S&P 500 e Nasdaq encerraram esta segunda-feira em novas máximas recordes, com investidores demonstrando apetite por ações de tecnologia após declarações “dovish” (menos duras com a inflação) do Federal Reserve sobre a redução de seus estímulos monetários e o que isso poderia significar para a recuperação econômica.
Este foi o quarto fechamento em máximas recordes do S&P 500 em cinco sessões, e o quinto em seis sessões do Nasdaq.
As sequências só foram interrompidas por preocupações que antecederam o discurso do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole.
Esses temores acabaram se provando infundados, já que Powell disse na sexta-feira que o banco central dos Estados Unidos seguirá cauteloso na abordagem à redução de seus enormes estímulos lançados na era da pandemia, ao mesmo tempo em que reafirmou uma recuperação econômica estável.
“Agora está claro que haverá um volume extraordinário de suporte a essa economia, provavelmente até novembro”, disse Ed Moya, analista de mercado sênior da OANDA.
“Alguns investidores estão imaginando que a redução do estímulo pode até mesmo nem começar neste ano, mas a única coisa com a qual todos podem concordar é que Powell sinalizou que eles não estão com pressa para elevar a taxa de juros e desconectou a redução de estímulos do cronograma para o aumento dos juros.”
Com isso em mente, os investidores se voltaram para ações de tecnologia com alto crescimento, que tendem a se beneficiar das expectativas de taxas de juros mais baixas, já que têm seus valores baseados em lucros futuros.
A Apple saltou 3% e atingiu uma máxima recorde, enquanto Microsoft (MSFT), Amazon.com (AMZN) e Alphabet (dona do Google) avançaram de 0,4% a 2,1%, ajudando o Nasdaq a superar as performances de S&P 500 e Dow.
O índice Dow Jones (DJI) caiu 0,16%, a 35.400 pontos, enquanto o S&P 500 (SPX) ganhou 0,430659%, a 4.529 pontos.
O índice de tecnologia Nasdaq (US100) avançou 0,9%, a 15.266 pontos.