Sossego da China no Mar Vermelho vai acabar? Depende de quanto pressionará o Irã
Os navios da China são um dos poucos que podem navegar sem medo pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez nos últimos tempos. Os chineses contam com as boas relações com o Irã para evitar ataques às suas embarcações, na caótica região em que Houthis lançam ofensivas contra Israel e seus aliados, após a eclosão da guerra israelense contra o Hamas.
Mas, segundo a imprensa internacional, os dias de paz da China no Mar Vermelho podem acabar. Tudo depende de quanto Pequim está disposto a pressionar o Irã, maior patrocinador dos Houthis e do Hamas, a conter os ataques contra o território de Israel e navios de nações aliadas.
- Mais uma bolada bilionária da Vivo (VIVT3): Entenda como redução de capital de R$ 1,5 bilhão pode ir parar no bolso dos acionistas da empresa, e se vale a pena ter as ações para receber uma fatia; É só assistir ao Giro do Mercado abaixo:
China pode esperar uma reviravolta?
Mas a camaradagem entre China e Irã pode estar chegando ao fim. Recentemente, o Financial Times afirmou que os Estados Unidos pediram aos chineses que conversassem com os iranianos, em uma tentativa de neutralizar os ataques dos Houthis e do Hamas.
Dias atrás, a resposta para a súplica ainda era negativa. Mesmo o encontro entre Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, e Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional, com Liu Jianchao, alto funcionário do Partido Comunista Chinês, não rendeu bons frutos.
Agora, de acordo com a Reuters, o cenário mudou. Fontes iranianas afirmaram que autoridades chinesas pediram ao Irã que ajudasse a conter os ataques no Mar Vermelho.
China e Irã mantêm boas relações diplomáticas. Pequim recebe de Teerã ajuda energética, principalmente petróleo, e os dois se opõem à hegemonia dos Estados Unidos na geopolítica global.
Em resposta à Reuters, o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou que “a China é uma amiga sincera dos países do Oriente Médio e está empenhada em promover a segurança e a estabilidade regionais, assim como em procurar o desenvolvimento e a prosperidade comuns”
O petróleo, commodity impactada pelos ataques, parece responder à situação. Às 14h30, o petróleo WTI apresentava recuo de 1.55%, sendo negociado a US$ 76.16, enquanto o Brent apresentava queda de 1.20%, chegando a US$ 81.44.