Soja tenta conter perdas maiores, como as da véspera, mas pressão vem de todo lado
Os fundos ainda tentam segurar o desabamento da soja que se viu na quinta.
Ontem, a commodity já apanhava desde cedo, por realização de lucros e pressão do aumento das vendas argentinas depois de quatro dias de efetivação do dólar preferencial nas exportações, quando o governo dos Estados Unidos anunciou novos mandatos para a mistura de biocombustíveis.
A Agência de Proteção Ambiental propôs misturas maiores, mas abaixo do que os produtores de grãos esperavam para enxugar mais a oferta.
Com isso, o milho igualmente estende perdas nesta sexta (2), ainda mais por baixas vendas internacionais americanas e consumo já mais lento para a fabricação de etanol.
No contrato janeiro, a soja está caindo 0,15%, com a cotação em US$ 14,28, às 8h50 (Brasília).
O óleo de soja igualmente pressiona, juntando a medida americana a a forte baixa dos preços na Ásia. Nesta passagem desce bastante na tabela recua mais de 4%.
Chuvas esperadas no Brasil nos próximos dias, em boas doses e mais espalhadas, também são vistas com pressão, no momento em que o plantio passou dos 95%, enquanto no Rio Grande do Sul, sempre um pouco mais tardio, está em torno de 80%, como confirma o analista Vlamir Brandalizze.
Ainda a seca na Argentina e a possibilidade de a China fechar a semana com compras razoáveis, como na semana passada, limitam um pouco as perdas – e foram os fatores que mantiveram a soja em alta até quarta.
Já o milho de março cede 0,65%, a US$ 6,56.