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Soja segue para 3ª perda semanal com baixa demanda na China e safra do Brasil

07 out 2022, 9:06 - atualizado em 07 out 2022, 9:06
Soja
“A demanda chinesa por soja está lenta e há estimativas de uma grande safra no Brasil, embora seja um pouco cedo porque a safra ainda não foi plantada”, disse um analista (Imagem: REUTERS/Jose Roberto Gomes)

A soja negociada na bolsa de Chicago tinha leve alta no início desta na sexta-feira, mas permanecia no caminho para um terceiro declínio semanal, pressionada pela desaceleração das compras do principal importador, a China, e pelas expectativas de produção recorde no Brasil.

Os preços do trigo subiam devido às preocupações com a produção na Rússia e na Ucrânia, embora o mercado esteja pronto para sua primeira queda em três semanas.

“A demanda chinesa por soja está lenta e há estimativas de uma grande safra no Brasil, embora seja um pouco cedo porque a safra ainda não foi plantada”, disse um analista em Sydney.

O contrato de soja mais ativo em Chicago subia 0,3%, a 13,6225 por bushel, apontando para perdas nas últimas três semanas para mais de 6%.

O trigo rumava para uma queda de 4% nesta semana, enquanto o milho, meio por cento no mesmo período.

As importações de soja pela China devem cair para o menor nível em mais de dois anos neste mês, aumentando o aperto na oferta de importante ingrediente de ração animal e agravando os problemas dos fabricantes de ração para suínos do país.

As chegadas de soja na China, o maior importador do mundo, estão estimadas em cerca de 5 milhões de toneladas em outubro, de acordo com dois traders e Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities em Sydney.

Importações de 5 milhões seriam as mais baixas desde março de 2020.

A chegada das chuvas em setembro permitiu um início promissor para a safra 2022/2023 da soja no Brasil, com os agricultores prestes a colher um recorde de 150,62 milhões de toneladas, apesar dos riscos de seca associados ao fenômeno climático La Niña no sul do país, segundo uma pesquisa da Reuters.

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