Commodities

Soja segue indefinida por cautela pelo coronavírus e fundamentos misturados

17 jun 2020, 13:01 - atualizado em 17 jun 2020, 13:17
Soja
Cautela no mercado da oleaginosa indica que fundamentos estão embaralhados com questões sobre a pandemia (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Como vários mercados, a soja adentra para encerrar os negócios nesta quarta (17) ainda sob indefinição, tanto pela cautela em relação a uma potencial 2ª onda do conavírus, quanto mais por fundamentos misturados na outra ponta. Andou de lado, já ficou dos dois lados da tabela e tenta se firmar no positivo, agora em leve alta 0,30%, 0,35% o julho, em torno US$ 8,65 a US$ 8,70, às 13 hs (Brasília).

Na véspera, a China comprou 300 mil toneladas nos Estados Unidos, segundo informes, mais o volume acima de 700 mil/t da semana passada, mas os analistas como Adriano Gomes, da AgRural, enxergam que a potencialidade de altas em Chicago (CBOT) viria com novas e substanciais importações.

Apesar de haver consenso sobre a necessidade de os chineses desembarcarem para valer na soja americana, mais ainda pela pouca sobra não fixada do Brasil, junto com a lentidão das compras aparece a safra dos Estados Unidos, com colheita no segundo semestre, está com lavouras prometendo boa produção.

E a soja brasileira, da próxima safra, 20/21, já começa a fazer pressão, diz Marlos Correa, da InSoy Commodities. As estimativas já apontam para 133 milhões/t.

Ele também aponta para estoques mundiais, ou chineses, ficando cada vez mais confortáveis, depois dos recordes de exportações do Brasil sobretudo na fase no qual o dólar roçava mais perto dos R$ 6 do que dos R$ 5.

A divisa americana voltou a subir esta semana, depois das quedas da última semana, e o dólar index vem de recuperação, depois de mínimas a 95,7 mil pontos, ambos mercados influindo nas posições da commodity.

Além da volatilidade do petróleo, que havia caído abaixo dos US$ 40 em Londres e hoje tenta se sustentar acima, mas sofrendo da cautela por dados da pandemia que indiquem ou não ampliação de bloqueios (a China o estendeu desde o fim de semana), à espera de novos reportes de produção pela Opep+ e de estoques nos Estados Unidos.