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Soja segue em aversão ao risco e demanda ruim. Nem todos analistas culpam o clima nos EUA

21 jul 2022, 9:03 - atualizado em 21 jul 2022, 9:14
Compras chinesas lentas, como a aversão ao risco, pesam sobre a soja (Imagem: REUTERS)

Opa, o clima nos Estados Unidos entrou nos preços da soja, segundo a maioria das análises publicadas desde o fechamento da Bolsa de Chicago (CBOT) na quinta. Muito timidamente falam também da lenta busca da China.

Até o meio da tarde de ontem, era o financeiro a refletir nas fortes quedas do grão, que já testam recuos de 1,15% a 1,50%, com o agosto a US$ 14,33 e o setembro a US$ 13,30, às 9 horas (Brasília).

Mas não é tão unânime, assim, essa visão.

Como tem reproduzido Money Times, sobre a confusão que o financeiro está causando, o consultor Vlamir Brandalizze confirma que a aversão ao risco impera e não tem dado suporte às referências, bem como a fraca demanda chinesa.

Inflação em todas as partes, guerra na Ucrânia longe do fim, risco de aumento dos juros pelo Federal Reserve (Fed) e o “petróleo em baixa por expectativa de menor consumo”.

A umidade para algumas regiões produtoras americanas não está consolidada espacialmente e forte o bastante para fazer recuperar as perdas já apontadas pelo USDA em dois relatórios seguidos.

“Calor e seca no meio-oeste americano, prejudicando o enchimento das vagens, abaixo da média história de 65% para o período, e abaixo de 2021, e provavelmente o governo deverá apontar novos prejuízos na semana que vem”, afirma ele.

A demanda chinesa, ainda longe do normal, também está mais presente nos preços menores, como as incertezas macroeconômicas globais.

Falou-se que a China teria comprado 10 navios há dois dias nos EUA. “Seria normal para a época, mas só foram dois navios”, diz Brandalizze.

Se o maior comprador mundial de soja vai ter que acelerar as aquisições a qualquer momento, tendo que suprir em cerca de 50 milhões de toneladas suas necessidades, também de acordo com muitas análises, é outra história.

Agora não está.

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