Soja recua em Chicago com perspectiva de chuvas na América do Sul; milho e trigo sobem
Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago caíram nesta segunda-feira (7), devido às previsões de chuva em áreas secas dos principais exportadores, Brasil e Argentina, e ao aumento da oferta nos Estados Unidos, já que o tempo aberto no Meio-Oeste impulsionou a colheita.
Os futuros do milho subiram devido às sólidas exportações, ao apoio de um mercado de petróleo em alta e à força do trigo, que avançou devido às preocupações com o clima global e com a continuação das hostilidades na região do Mar Negro.
No entanto, o recente fortalecimento do dólar dos EUA criou ventos contrários para os grãos, já que a moeda mais firme torna os produtos mais caros para os detentores de outras moedas.
Os traders de grãos também estão ajustando suas posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado na sexta-feira (4).
“Estamos aguardando o relatório da safra e esperando para ver se estamos realmente em uma mudança de padrão no clima da América do Sul”, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities.
“O Brasil tem sido sazonalmente seco. Mas parece que a estação chuvosa está tentando entrar em ação”, disse ele.
O contrato novembro da soja terminou em queda de 3,75 centavos, a US$ 10,34 dólares/bushel, enquanto o milho subiu 1,25 centavo, para US$ 4,26 /bushel.
Ambos os mercados permanecem pressionados pelo aumento dos suprimentos de uma colheita em andamento, do que se espera ser uma safra de produtividade recorde nos EUA.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que 44% da safra de soja e 34% da safra de milho dos EUA tivessem sido colhidas até domingo, enquanto as classificações das safras permaneceram fortes.
Os futuros do trigo subiram devido a preocupações com as condições de seca em várias áreas importantes de produção, incluindo o cinturão agrícola das planícies do sul dos EUA e a região do Mar Negro.
O milho e o trigo receberam apoio das preocupações com as interrupções no fornecimento do Mar Negro, depois que um navio de grãos foi atingido por um míssil russo. O trigo subiu 2,75 centavos, fechando a US$ 5,925 por bushel.