Soja: de tabela na guerra, ‘ajustezinho’ positivo é inseguro e plantio nos EUA avança bem

A soja não tem nada a ver com a guerra da Rússia-Ucrânia. Os dois não participam da oferta e demanda. Ainda assim, na debandada de posições do trigo e do milho, a oleaginosa perde junto, como ocorreu ontem pelas declarações de Vladimir Putin, dadas no fim semana, de que pode facilitar o escoamento dos grãos da Ucrânia.

Nesta quarta (1), busca um moderado ajuste técnico de alta, depois da liquidação de quase 50 e 43 cents de dólar nos contratos mais curto e mais longo em Chicago.

Às 8h40 (Brasília), o julho e o agosto estão em mais 0,15%, US$ 16,86, e +0,20%, US$ 16,23, respectivamente, mas com incertezas para o dia.

Uma delas, segundo o analista Vlamir Brandalizze, é a variável de pressão no curto prazo, como o plantio nos Estados Unidos que avançou “praticamente à normalidade”, para 66% da área, contra 50% da semana passada. Dois dos principais estados produtores, Iowa e Illinois passaram, inclusive, a média história.

Nesta semana deve acelerar mais, acredita ele.

E a geopolítica não tira os grãos do alvo.

A soja segue com fatores de alta, especialmente porque os produtores brasileiros estão segurando as vendas – “tem muita soja nos armazéns” – tanto quanto a China – “mas que vai precisar comprar mais 10 milhões de toneladas nos próximos dois meses”.

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