Soja perdeu a corrida para os US$ 12/bushel e renovação talvez só para maio
Ao acabar a soja disponível brasileira e o grão americano avançar para o protagonismo, com a China trocando de balcão, os US$ 12 de preço para o bushel era esperado como meta para ganhos imediatos em fixações de exportações futuras, como também resistência para recuos mais fortes quando começasse a chegar a safra brasileira 20/21.
“Era muito importante esse teto”, Marlos Correa, da InSoy Commodities. Mas não aconteceu e as chances de esse pico ser alcançado podem ter sido jogadas para maio em diante, a confirmar o mesmo apetite da China. Nesse período, a colheita no Brasil já acabou.
Ele trabalha com mínima e máxima de US$ 11 a 11,60, para os dois próximos vencimentos (janeiro e março) da CBOT (Chicago), nas próximas semanas. Dependendo do dia e do nível de especulação dos mercados – ponderando variáveis extra-soja – com picos de US$ 11,80/11,90, como é teto desta segunda-feira (30), em recuos de 10 a 11 pontos, em torno dos US$ 11,81, às 10h50 (Brasília).
De um lado, colabora para essa perspectiva, segundo o trader e analista, a safra brasileira chegando a partir do fim de janeiro. Mesmo que houvesse potencial de quebra, depois das incertezas com o clima seco e atraso no plantio, já haveria certo recuo.
Com os dados da meteorologia dando significativa melhora das chuvas em vastas regiões, e alcançando os vizinhos Paraguai e Argentina, o potencial de freada aumenta. É o ponto de baixa nas cotações deste primeiro dia da semana.
O executivo da InSoy, de Cascavel, acredita que os grandes compradores, como os chineses, tendem também evitar muita cede ao pote agora, inclusive porque a safra dos Estados Unidos também está vendida, administrando seus estoques e compras mais comedidas, para evitar alguma disparada indigesta da oleaginosa.
O grão caindo daqui a cerca de 1,5 a 2 meses de um patamar abaixo dos US$ 12 fica mais barato. Recuando dos US$ 12, US$ 12 e pouco, pouco menos.