Soja nova já vendida foi do mínimo de R$ 92/sc ao teto de R$ 140 e agora espera mais suportes
A soja nova vendida ao longo de 2020 teve cotações para todos os gostos, naturalmente que sempre degraus acima com o dólar se sustentando firme na paridade com o real e a China mostrando que sua voracidade em 2021 não será diferente.
Mas agora, com os 98% da soja plantada e poucas lavouras com avaliações ruins ou razoáveis – além do real pouco mais valorizado -, não tem negócio novo com o grão de 20/21.
Há pressão contra novos suportes e não tem vendedor, avalia Vlamir Brandalizze, analista da Brandalizze Consulting. E os US$ 12 o bushel em Chicago também não deve entrar nas expectativas novamente tão já, diz, tanto porque a China está evitando a disparada dos preços do grão com os estoques mais confortáveis.
Das 65 milhões de toneladas da safra 20/21 já negociadas, o mercado fechou vendas que variaram de mínimas a R$ 92 a saca em Paranaguá, na média de fevereiro, ao teto de até R$ 140, há pouco tempo. Nas regiões produtoras, costuma-se ser entre R$ 20 a R$ 30 mais baixo.
Tudo a base de troca por insumos, na esmagadora maioria, como lembra Brandalizze.
E mesmo quem fixou negócios lá trás, bem abaixo da evolução dos preços na sequência do ano, não perdeu, registra-se. “Os insumos também estavam mais baratos”, complementa Brandalizze.
A Conab deu projeção de 133 milhões de toneladas, em 38,5 milhões de hectares. A Brandalizze Consulting está em 130 milhões.
De 68 a 65 milhões/t estão disponíveis do novo ciclo, por essas expectativas acima.
Negócio novo, provavelmente, depois da virada do ano, e, principalmente, quando a soja americana começar a zerar de vez, de fevereiro em diante.