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Soja, milho, café e açúcar em mais um dia descolados dos mercados financeiros

28 jul 2022, 8:45 - atualizado em 28 jul 2022, 8:55
Milho
Milho é o ativo em Chicago com mais força nesta manhã de quinta (Imagem: Pixabay/DESPIERRES)

A confirmação dos 0,75 pontos percentuais de alta dos juros nos EUA, conforme esperado, não alterou os rumos dos ativos de risco. Já estava nos preços, de modo de as commodities agrícolas reagiram a seus fundamentos e seguem assim nesta quinta (28).

A soja e o milho acentuam seus ganhos pelas condições cada vez mais críticas das plantações nos Estados Unidos, cuja pouca umidade e tempo muito seco dão desvantagem no momento mais importante de formação das vagens e espigas.

A oleaginosa rompeu na quarta os US$ 14 no novembro, em Chicago, o contrato mais negociado – agora, às 8h40   (Brasília) vai a mais 0,46%, US$ 14,16 -, e os vencimentos mais curtos já estão com prêmio no Brasil a R$ 200 a saca, segundo o analista Vlamir Brandalizze.

O milho está subindo com mais força, inclusive anulando a oferta da safra inverno brasileira aumentando as exportações, com um pouco de ajuda da situação confusa na Ucrânia, que ninguém tem certeza de que funcionará o acordo no qual a Rússia liberaria as exportações do país.

O setembro estende ganhos de 1,88%, a US$ 6,11.

Nas telas de Nova York, destaque para o café, que reverte as altas de ontem proporcionadas pela baixa dos estoques certificados na CME. O clima frio esperado no Brasil para o fim de semana, será curto e não apresenta risco de geadas as regiões mais importantes. A commodity cai 0,75%, a 217,45 centavos de dólar por livra-peso.

E o açúcar tentando valorização diante da safra brasileira sob alerta de que a moagem de cana teria que ser compensada com prolongamento do ciclo diante da baixa produtividade, ocasionada pela seca, apesar de que o volume começa a se equilibrar com 2021. Na véspera, a cotação caiu com o anúncio da Unica de que houve avanço na produção da safra, mas agora volta à realidade.

O adoçante alcança os 17,56 centavos de dólar por libra-peso, em mais 0,92%, com leve apoio, também, da alta do petróleo, que passa dos US$ 103 em Londres, o barril.

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