Soja: mercado liquida ganhos exagerados com o óleo e volta-se para safras do Brasil e EUA
Depois de quatro sessões de altas da soja na Bolsa de Chicago, sob a sustentação dos preços internacionais dos óleos vegetais, os operadores iniciaram as operações desta quinta (25) liquidando algumas posições.
“O óleo já gastou a força”, lembra o analista Vlamir Brandalizze. E talvez não fosse para tudo isso, só por conta da quebra da safra de palma, cujo óleo é o mais consumido, e pela baixa dos estoques na China. A produção de óleo de banha de porco não está normalizada também.
Neste momento, 8h55 (Brasília), o contrato maio perde 8 pontos, em torno de menos 0,60%, a US$ 14,14 o bushel.
No mix da soja, a maior participação global é para o farelo, enquanto o produto de cozinha chega no máximo em 25%.
Para o líder da Brandalizze Consulting, “o mercado sempre puxa mais que o técnico”.
Está voltando, portanto, ao ambiente de negócios na CBOT o fator safra no Brasil, com a colheita praticamente finalizada e os embarques em quase normalidade, mas, mais ainda, a cautela quanto ao próximo relatório do USDA.
Semana que vem o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deve confirmar elevação do plantio da soja por lá, acima de 36 milhões de hectares acredita o consultor.
E com o clima favorecendo a semeadura.