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Soja: Futuros caem em Chicago, abaixo de US$ 10, após USDA projetar recorde histórico nos EUA

12 ago 2024, 16:55 - atualizado em 12 ago 2024, 17:08
soja milho
Os estoques finais de milho 2024/25 dos EUA foram vistos em 2,073 bilhões de bushels, abaixo das estimativas da agência (Imagem: Pixabay)

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou nesta segunda-feira (12) suas estimativas de produção de soja e milho dos EUA em relação ao mês anterior, aumentando as expectativas de grande oferta global de ambos produtos.

A agência dos EUA elevou sua estimativa para a safra de soja de 2024/25 para um recorde de 4,589 bilhões de bushels, superando as expectativas dos analistas e a previsão do mês passado. Neste cenário, por volta de 16h19, o futuro da soja com vencimento para novembro tombava 1,45%, em US$ 9,88.

O USDA previu uma safra de milho de 2024/25 de 15,147 bilhões de bushels, acima do mês passado e da estimativa de julho. A safra de milho seria a terceira maior da história dos EUA. Apesar disso, o contrato dezembro subia 1,71%, em US$ 4,01, com a revisão para baixo nos estoques.

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Estoques de soja e milho

Os estoques finais de soja para 2024/25 foram previstos em 560 milhões de bushels, acima dos 465 milhões de bushels esperados e um aumento em relação aos 435 milhões de bushels de julho.

Os estoques finais de milho 2024/25 dos EUA foram vistos em 2,073 bilhões de bushels, abaixo das estimativas da agência em julho de 2,097 bilhões de bushels e abaixo das expectativas dos analistas de 2,096 bilhões de bushels.

“É uma revisão monstruosa para a soja, e isso vai pegar as pessoas desprevenidas — e é por isso que o mercado está reagindo da maneira que está”, disse Jake Hanley, diretor da Teucrium Trading.

O USDA ainda manteve a previsão da nova safra de soja do Brasil (2024/25) em 169 milhões de toneladas, enquanto a expectativa mensal de produção de milho, de 127 milhões de toneladas, também não foi alterada.

A soja na América do Sul e a eleição nos EUA

A partir de outubro, as atenções se voltam para as safras da América do Sul, em especial no Brasil e Argentina. “O La Niña deve se confirmar na primavera, com seus efeitos sendo sentidos no fim da estação (novembro), mas temos que trabalhar com a possibilidade uma safra cheia, com expectativa de 170 milhões de toneladas no Brasil e 55 milhões na Argentina”, diz Gutierrez.

Caso o clima favorável perdure até janeiro de 2025, há expectativa para uma “super safra sul-americana”, com volumes bem maiores que os de 2024. “Neste cenário, os preços podem perder o patamar de US$ 10 e cair para algo em torno de US$ 9,50 ou até US$ 9. Podemos ver os preços até abaixo de US$ 9 em 2025. Ainda é cedo para confirmar, mas a tendência é de área maior no Brasil e na Argentina”, acrescenta.

*Com Reuters

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