CBOT

Soja fica sem sustentação por incertezas de EUA-China e produtores retraídos

22 nov 2019, 14:50 - atualizado em 22 nov 2019, 15:03
Incertezas da guerra comercial e do preço tiram parte dos venderoes brasileiros de soja do mercado (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Enquanto o mercado da soja anda de lado ainda com mais incertezas do que certezas em relação a um acordo Estados Unidos-China, tirando um pouco do fôlego da commodity no contrato mais próximo de Chicago, parte dos produtores brasileiros estão fora do mercado.

E isso influi na perda dessa semana, com o janeiro em queda na CBOT nesta sexta (22, perto das 14h45, de Brasília), US$ 8,99, contra US$ 9,18 da sexta passada

Houve intensa antecipação das vendas da safra nova em outubro, com bons preços em reais, comenta Adriano Gomes, da AgRural, o que fez com que o produtor tirasse o pé do acelerador.

Money Times deu, no último dia 14, uma antecipação de 35% da safra 19/20, de acordo com levantamento de Vlamir Brnadalizze, da Brandalizze Consulting.

Além da saída de balcão daqueles que vinham, portanto, fazendo médias, aproveitando as oportunidades, Gomes salienta que há “produtores precisando fazer fixação em dólares e ainda esperam por melhora nos preços, já que o contrato maio/20, que é um dos usados como referência para a safra brasileira, está trabalhando ao redor de US$ 9,30 o bushel”.

O analista da AgRural ainda alinha, no plano internacional, a pressão negativa sobre as commodities do dólar index nos últimos pregões, e, internamente, a cautela dos produtores em relação ao clima.

“Esse clima do início da safra traz algumas inseguranças ao produtor. Tivemos um plantio com chuvas muito irregulares em algumas regiões que começam a plantar mais cedo, como é o caso do Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas”, finaliza o analista de Curitiba.

 

 

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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