Commodities

Soja: exportações do Brasil, colheita atrasada e Argentina fora sustentam pequenos ganhos

03 mar 2020, 9:48 - atualizado em 03 mar 2020, 9:48
Fundamentos tentam manter a soja no positivo na bolsa d de Chicago (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Falar que os esforços globais para a retenção da propagação da epidemia estão dando suporte para a soja é um rematado exagero divulgado por aí. Muito menos no caso da China, em particular. O que prevalece, sim, é alguma sustentação de fundamentos e fundos se posicionando para manter os ganhos marginais de fevereiro.

O vencimento março começou com US$ 8,77 a fechou 28 de fevereiro em US$ 8,83 na CBOT (Chicago), enquanto o maio foi de quase US$ 8,91 para próximo de US$ 8,93.

Os traders tentam segurar amparados em boas exportações e compras chinesas do Brasil – em paralelo a uma colheita sendo prejudicada pelas chuvas em algumas regiões e produção em queda em outras pela seca (Rio Grande do Sul) -,  paradeira da oferta argentina (os registros de exportações estão suspensos e impostos serão cobrados nos embarques), que já não deverá ser boa.

E a China tendo que recorrer a qualquer momento à soja dos Estados Unidos, sem oferta global suficiente que a atenda.

Juntando, tem-se nesta terça (3) o março em mais 2 pontos (ontem +7), em US$ 8,92, e o maio em alta de 4,75 (+8,25 da véspera), em US$ 9,05.

O coronavírus já circula em vários países e deve ser questão de tempo até que seja declarada pandemia e na China os casos registrados ainda são altos, em que pese uma retração de um dia para outro. Na segunda foram 125 notificações do vírus, contra 202 do dia anterior.

Para o tamanho de epidemia, com perto de 85 mil casos, e da monumental população, ainda não é possível falar em controle.

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