Soja em alta defensiva antes da pressão do BR, mas se disparar volta na 6ª; USDA já é passado
A procura de distanciamento do piso do intervalo de circulação da cotação da soja, que os fundos estão testando nesta quinta (9), está muito condicionada à manutenção de um patamar mais alto antes que o grosso da safra brasileira chegue para valer. Mas, se disparar muito, amanhã volta.
O lado financeiro dos mercados ajuda um pouco, com o dólar index em baixa e as ações das bolsas chinesas animadas com a potencial recuperação da economia o, que, em tese, funciona como ponto de demanda.
O relatório Wasde de oferta e demanda que o USDA divulgou na quarta não acrescentou nada de novo e o grão fechou dentro da subida moderada igual à abertura do dia.
A quebra de 4,5 milhões de toneladas da Argentina (para 41 milhões/t) estava no preço, embora houvesse dúvidas quanto aos números, a elevação dos estoques americanos é pequena para ter algum peso, e o órgão americano confirmou recorde de 153 milhões/t para o Brasil. O atraso na colheita é irrelevante.
Esse volume brasileiro de 22/23 é o que fará pressão sobre Chicago, a despeito de que haverá mais desvio para a produção de farelo com a oferta argentina mais curta – é o maior fornecedor mundial do derivado.
Por sinal, essa commodity agora está em quase mais 1%, às 7h50 (Brasília), o que ajuda a especular com uma leve alta no contrato março do grão, em torno de 0,60%, a US$ 15,29.