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Soja e trigo avançam em Chicago para máximas de mais de 9 anos

23 fev 2022, 18:05 - atualizado em 23 fev 2022, 18:41
Soja
Rússia e Ucrânia ainda são os principais fornecedores globais de trigo, o que desencadeou compras de fundos e técnicas. O milho também tocou máximas de diversos meses (Imagem: REUTERS/Daniel Acker)

Os contratos futuros de trigo e da soja dos Estados Unidos subiram para máximas em mais de nove anos nesta quarta-feira, com a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia influenciando os mercados.

No caso da soja, uma alta nos preços dos óleos vegetais também ajudou a sustentar o mercado, além de perspectiva de maior demanda pelo grão dos Estados Unidos, uma vez que os prêmios no Brasil subiram.

Rússia e Ucrânia ainda são os principais fornecedores globais de trigo, o que desencadeou compras de fundos e técnicas. O milho também tocou máximas de diversos meses.

Na bolsa de Chicago, o trigo soft vermelho de inverno para maio subiu 32,25 centavos de dólar para 8,8475 dólares o bushel, após tocar o pico de 8,8875 dólares, a máxima para o contrato mais ativo desde dezembro de 2012.

A soja para maio encerrou em alta de 36 centavos de dólar a 16,71 dólares o bushel, depois de atingir o pico a 16,75 dólares, a máxima para o contrato mais ativo desde setembro de 2012.

A soja continua bem apoiada pelas más condições de colheita em partes da América do Sul, embora as chuvas previstas para áreas secas da Argentina e do Sul do Brasil esta semana tenham oferecido algum alívio.

O USDA deve divulgar sua perspectiva para a área de soja dos EUA em 2022 na quinta-feira.

Analistas consultados pela Reuters, em média, esperam 89,2 milhões de acres.

O milho para maio ganhou 8,75 centavos de dólar (USDBLR) para 6,8125 dólares o bushel, um nível não atingido por um contrato mais ativo desde junho.

A Ucrânia declarou estado de emergência na quarta-feira e disse a seus cidadãos na Rússia que voltassem para casa, enquanto Moscou começava a evacuar sua embaixada em Kiev. Vários governos ocidentais impuseram sanções à Rússia esta semana.

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