Soja e milho testam fundamentos enquanto os mercados financeiros não se definem

Os derivativos futuros das commodities agrícolas, como soja e milho, estão buscando se aprumar em meio à expectativa de que o humor dos mercados financeiros dos Estados Unidos se renove, depois dos resultados da Netflix que puxaram as bolsas ontem.

De todo modo, mesmo com os índices asiáticos fechando em alta, os futuros de ações US 500 e US 30 abriram em baixa nesta quarta (20), contra o dólar index (DXY) em alta, mostrando cautela quanto aos novos balanços corporativos.

Os ajustes técnicos negativos da terça, na maioria dos derivativos – exceção do café, que virou no fim do pregão em Nova York, por menos estoques na ICE -, estão dando espaço para que os traders testem os fundamentos.

A volatilidade não dá trégua, contudo.

De olho no dólar no Brasil e previsão de clima ameno nos EUA, a soja segue em baixa. Chicago também não precifica novas compras chinesas, segundo relatadas por consultorias ontem.

Os contratos mais negociados estão em recuo de 0,75%, a US$ 14,66 no agosto, e de 0,70%, a US$ 13,66 no setembro, às 9 horas (Brasília).

O milho está com fundamentos divididos. Há pressão da safra de inverno brasileira, dos dados do USDA mantendo estáveis a qualidade das lavouras, mas acima do esperado pelo mercado, e da fraca demanda internacional, ainda assim o cereal procura se recuperar da véspera.

O vencimento de setembro está pouco acima da linha d’água, a US$ 5,97 o bushel.

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