Soja e milho futuros sobem nesta segunda (4), com impulso do petróleo, China e dados do USDA
Os contratos futuros da soja (janeiro/2025) e milho (dezembro) registraram avanços de 1,23% e 0,78%, sendo negociados a US$ 10,05 e US$ 4,17, respectivamente, na manhã desta segunda-feira (4). O barril de petróleo tipo Brent para janeiro/2025 subiu 2,54%, cotado a US$ 74,94.
Segundo Allan Maia, analista da Safras & Mercado, a alta do petróleo impulsiona a demanda pelo etanol. “Além disso, o mercado olha de perto os dados de exportação nos EUA e a evolução das lavouras norte-americanas, que serão divulgados ainda hoje. Ao longo das últimas semanas os números da exportação foram excelentes. Vale pontuar, que a produção desse ano também é grande e que a colheita nos EUA se aproxima da reta final”.
Fora esses dados, na sexta-feira (8), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga seu relatório de oferta e demanda global de novembro.
No Brasil, o indicador do milho Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) fechou outubro a R$ 72,94/saca de 60 kg, acumulando valorização de 13,4% no mês e atingindo o maior patamar desde 18 de abril de 2023. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta foi sustentada pela demanda interna aquecida e pela retração dos vendedores ao longo de outubro.
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O mercado da soja
De acordo com Rafael Silveira, analista da Safras, a soja em Chicago opera em leve correção em relação à tendência de queda dos preços. “Com a demanda aquecida pelo produto norte-americano disponível, especialmente pela China como um dos principais destinos de exportação, o mercado tem encontrado suporte temporário nesse movimento”.
No entanto, ele aponta que essas altas são pontuais e limitadas devido à entrada da nova safra americana, cuja colheita já supera 90% e aponta para uma safra recorde, exercendo uma pressão baixista significativa sobre os preços.
“No mercado brasileiro, a situação é diferente. Recentemente, as cotações têm apresentado um quadro de firmeza para a soja disponível. Com a projeção de estoques apertados e uma oferta reduzida, a menor disponibilidade do produto tem elevado o basis interno, afastando os preços internos da paridade de exportação”, diz.
Isso se traduz em uma oportunidade para o produtor brasileiro, que encontra um mercado interno aquecido e preços mais atrativos.
De setembro para outubro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e Cepea/Esalq – Paraná subiram 1,4% e 2,2%, respectivamente, ainda conforme pesquisas do Cepea.