Soja e milho fecham em queda após liquidação volátil que atingiu máximas de vários meses

Os contratos futuros de soja e milho negociados nos Estados Unidos fecharam em queda nesta quinta-feira após uma sessão volátil, recuando após uma corrida para máximas de vários meses, com uma onda de realização de lucros e vendas de agricultores ofuscando o apoio das estimativas de encolhimento nas safras da América do Sul devido à seca, disseram analistas.

Na bolsa de Chicago, a soja para março caiu 20,50 centavos a 15,7425 dólares por bushel, após ter atingido um pico de 16,33 dólares, o mais alto patamar em um gráfico contínuo do contrato de soja mais ativo desde 13 de maio de 2021.

O milho de março terminou em queda de 5 centavos a 6,4175 dólares por bushel, após subir para 6,6275 dólares, a máxima em um gráfico contínuo desde 24 de junho.

A soja subiu depois que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa da safra de soja do Brasil para 125,471 milhões de toneladas, abaixo da estimativa anterior de 140,5 milhões e bem abaixo da previsão do Departamento de Agricultura dos EUA de 134 milhões, divulgada um dia antes.

Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou sua previsão da safra de milho 2021/22 do país para 51 milhões de toneladas, ante 57 milhões anteriormente.

Separadamente, a bolsa de grãos de Rosário disse que o clima seco e as escassas esperanças de chuvas significativas para o resto do mês estão acendendo temores de um “desastre produtivo” na Argentina semelhante ao de 2018.

Mas o aumento nos futuros na CBOT atraiu a venda de agricultores e a realização de lucros que derrubaram os preços de suas altas, disse Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions.

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