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Soja: cortes de estoques do USDA não foram para tanto e mercado volta à pressão baixista

11 abr 2022, 11:36 - atualizado em 11 abr 2022, 11:53
Soja, Paranagua
Além da China devagar nas importações, soja precisava de dados climáticos ruins nos EUA (Imagem: Reuters/Rodolfo Buhrer)

As quedas dos contratos futuros da soja nesta segunda (11) na Bolsa de Commodities de Chicago (CBOT, do inglês) praticamente encostaram nos ganhos da sexta e demonstram, pelo tamanho, que quase nada têm de realização de lucros.

Falta suporte de alta mesmo, comenta o analista Vlamir Brandalizze.

A limada que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deu nos estoques americanos, globais e na safra brasileira não foi para tanto, além de estar dentro do que os negociantes e casas de análises esperavam.

Respectivamente, 680 mil toneladas, 380 mil/t e 2 milhões/t (para 125 milhões/t), foram os cortes apresentados.

Sem grandes novidades, “até que o clima nos Estados Unidos entre no jogo”, como diz Brandalizze, o mercado tentou manter a fervura.

Além do que, lembra o diretor da Brandalizze Consulting, a China está retraída e na semana passada comprou pouco, no Brasil e nos EUA.

O pequeno encurtamento da oferta não altera o patamar dos US$ 16 para os contratos, que agora, às 11h30   (Brasília), estão em menos 1,40% (US$ 16,65) e menos 1,10% (US$ 16,48), respectivamente no maio e julho.                     .

Os US$ 17 somente virão consolidados – descontando-se que alcance por obra da crise na Ucrânia e outros fatores extra setor -, se o plantio da safra americana começar ameaçado pelo clima e com o apetite chinês melhor animado.