Soja: Contrato futuro dispara 3% com clima seco nos EUA; preços devem manter novas altas?
A soja conta com um viés negativo na bolsa de Chicago (CBOT), com o avanço da colheita norte-americana, que exerce uma pressão negativa nos contratos futuros.
No entanto, nessa quinta-feira (12), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu suas estimativas para a colheita do país de 112,84 milhões de toneladas para 111,70 milhões de toneladas.
Assim, a produtividade caiu de 56,15 sacas por hectare para 55,59 sacas por hectare.
- IPCA sobe em setembro: Onde apostar na renda fixa agora? Saiba mais no Giro do Mercado, clique aqui e assista.
Com isso, por volta de 13h41, os preços da soja com vencimento para novembro de 2023 avançavam 3,25%, aos US$ 12,93, com ganhos de 40,50 cents por bushel.
De acordo com Rafael Silveira, analista da Safras & Mercado, os principais indicadores mostram que o grão ainda deve sofrer novas quedas, devido às expectativas de nova safra recorde no Brasil e a recuperação da produção da Argentina.
O que esperar para soja na América do Sul?
Apesar de estarmos no início do plantio no Brasil, Silveira ressalta que devemos seguir acompanhando de perto o desenvolvimento das lavouras, que até o momento, segue dentro das médias no período e sem grandes problemas climáticos
“O mercado como um todo visa a próxima temporada do grão na América do Sul, já que as expectativas são de uma safra brasileira acima dos 160 milhões de toneladas e uma forte recuperação da produção argentina, que pode atingir os 50 milhões de toneladas, conforme estimado pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires”, explica.
O analista ressalta que os prêmios pagos para a soja nos portos brasileiros seguem negativos, cenário que deve continuar mais intenso a medida em que mais soja entra no mercado.
“Nesse cenário, devemos acompanhar de perto a situação climática e o desenvolvimento do plantio no Brasil, que até o momento avança sem grandes problemas”, avalia.