Soja: como a Conab, USDA foi conservador com a safra BR e deve estar irritando o mercado
Os preços da soja passaram a subir em Chicago (mais 12 pontos, US$ 13,98, no março) e caminham assim para o final da sessão, mas os produtores brasileiros certamente não estão nada contentes com as estatísticas de produção que o USDA divulgou mais cedo, de 139 milhões de toneladas.
Contra todas a previsões, em revisões baixistas, de entidades como a Aprosoja Brasil e de consultorias, como a AgRural, Brandalizze Consulting, Datagro e Stonex, o Departamento de Agricultura foi tão conservador quanto a Conab para a temporada 21/22/.
O quadro pode ser limitador de valorizações maiores.
O dados do USDA saíram depois que há vários dias os agentes brasileiros abandonaram a perspectiva de 144 milhões, como o órgão americano viu no penúltimo relatório.
Por secas e calor excessivos no Sul, onde as primeiras colheitas confirmam prejuízos, as estimativas médias dão em torno de 134 milhões/t, ou seja, abaixo das cerca de 136 milhões/t da campanha 20/21.
Na terça, a Conab registrou 140,5 milhões/t da oleaginosa, o que já foi motivo de algumas críticas.