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Soja: colheita nos EUA deve ganhar tempo esta semana; no BR, plantio passa dos 60%

02 nov 2021, 9:51 - atualizado em 02 nov 2021, 9:54
Soja
Semeadura da soja avança no País e ultrapassará os 60% nesta semana (Imagem: Reuters/Tom Polansek)

A redução do ritmo de colheita da soja nos Estados Unidos contrasta com a aceleração do plantio no Brasil. Até a semana retrasada a corrida era igual.

Chuvas atrapalharam os produtores americanos, que avançaram 6% na semana anterior, atingindo 79% de área. Sem as chuvas, possivelmente estariam passando da média histórica para o período de safra, que é de 81% a 83%.

Para Vlamir Brandalizze, consultor, o tempo aberto desde domingo, e com boas expectativas para os próximos dias, deverá fazer os sojicultores americanos ganharem terreno.

De alerta, o frio. As temperaturas vão baixando rápido no Corn Belt e o risco de nevascas passa a ser concreto.

Enquanto isso, no Brasil, a semeadura da soja já está passando dos 60%. “Houve alguns problemas pontuais com chuvas e granizos, mas nada grave”, diz.

Com isso, o País passa seu ritmo normal de plantio, mais ainda sobre o último ciclo, no qual o atraso foi expressivo diante da seca então.

Mato Grosso, o campeão da soja, está em 87% de trabalhos concluídos; o vice, Paraná, em torno de 70%, estado no qual houve os problemas pontuais.

Tirando Goiás e Mato Grosso, também regiões importantes e em boas condições, vem o Rio Grande do Sul. O último a plantar, com 10% de área.

“A umidade do solo está boa e as chuvas mostram que esta semana não interromperá os trabalhos”, acredita Brandalizze, para quem a área total do Brasil será de 41 milhões de hectares.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.