Soja: caronista na crise da Ucrânia, da disparada de cedinho, fecha em recuo de mais de 1%
A soja não é trigo nem milho, daí que pega carona no conflito da Ucrânia, enquanto os outros estão implicados diretamente.
Por isso, passado o efeito manada da manhã, quando todos os derivativos disparavam, a soja devolveu – e bem – os ganhos.
De US$ 17,50 o bushel de maio, em aceleração de mais 4,50%, às 7 horas desta quinta (24), virou a tabela e fechou perdendo US$ 0,17, em menos 1,10%.
Enquanto o trigo emplacou mais 5,57% (US$ 9,24) e o milho mais 1,16% (US$ 6,90), pela força produtora de Ucrânia e Rússia, o analista Vlamir Brandalizze viu os fundos comprados em soja se ajustando, já que não há muito o que fazer com a “fortaleza russa blindada em divisas”.
Além da menção ao pouco efeito que pode ser refletido pelas sanções, ao que se sabe até aqui, também tem o aspecto militar, outra fortaleza.
Embora a soja tenha viés de alta, pela quebra, houve também fuga do risco ao longo do dia, com aumento da alta do dólar index e queda das bolsas.
Os dados do Outlook Fórum, do USDA, que apresentaram um pouco mais de área de soja nos EUA em 22/23 foram considerados irrelevantes por Brnadalizze.