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Soja bate as carnes nas exportações de SP e se consolida atrás da sucroenergia

31 maio 2022, 13:43 - atualizado em 31 maio 2022, 13:59
Soja Agricultura Agronegócio
Soja de São Paulo supera as carnes em exportações, atrás de açúcar e álcool (Foto: ANeto)

Para além da liderança tradicional das exportações paulistas de sucroenergia, chama a atenção de janeiro a abril deste ano o vice do complexo soja, ultrapassando o também costumeiro segundo lugar das carnes.

A soja e seus derivados responderam por US$ 1,43 bilhão, em crescimento de 42,8% sobre o mesmo quadrimestre de 2021. O agronegócio total do Estado gerou US$ 7,3 bilhões, alta de 26,1%, segundo os dados depurados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), do governo.

Outro destaque para essa cultura em São Paulo, com pouca expressão até pouco tempo – e ainda o é perto das principais regiões produtoras -, é que a expansão do período foi menor que a das proteínas animais.

Relevante, também, é que o Estado concentra boa parte das indústrias frigoríficas exportadoras.

As carnes apresentaram aumento de 59,9%, também pelo mesmo comparativo, somando US$ 1,15 bilhão, com a bovina participando com quase 87%, o que demonstra aproveitamento da valorização das commodities soja em grãos, óleo e farelo.

E descontando-se, ainda, que a colheita em São Paulo teve início no final de janeiro.

No agregado de 2021, o complexo soja já havia superado as carnes, finalizando o ano com US$ 2,57 bilhões contra US$ 2,53 bilhões, mas como houve a paralisação das exportações à China por 3 meses (setembro a dezembro), pelos episódios da vaca louca, os dados consolidados eram esperados.

Ainda no 1º quadrimestre do corrente ano, o complexo açúcar e etanol exportaram US$ 1,82 bilhão, sendo o número pouco expressivo, ante a importância do setor em São Paulo, porque de janeiro a março foi período de entressafra da cana.

Depois deste, da soja e das carnes, na sequência vem produtos florestais (US$825,93 milhões, com participações de 48,7% de celulose e 41,8% de papel) e sucos (US$527,12 milhões, dos quais 97,1% referentes a suco de laranja).

Na sexta posição, o grupo café, dominante junto com o açúcar até os anos de 1970. O faturamento no acumulado de janeiro a abril foi de US$368,27 milhões (75,2% referentes ao café verde).