Sofia Manzano: qual a opinião da candidata à presidência sobre criptomoedas?
Em vésperas de eleição, é importante saber dos posicionamentos dos candidatos sobre diferentes temas. Um deles são as criptomoedas.
Por ser um assunto novo e em constante mudança, o tema pode ser pauta durante o governo eleito.
No caso da candidata Sofia Manzano (PCB), o tema foi citado em entrevista ao portal de notícias Livecoins. Pela ideologia comunista do PCB, já era de se esperar que a candidata fosse alinhada a um direcionamento mais crítico em relação ao assunto.
Além de declarar ser “totalmente contra” o uso do Bitcoin com moeda de curso forçado no Brasil, a candidata diz não acreditar ser uma moeda de troca de fato. Mas diz enxergar que a tecnologia pode trazer coisas positivas.
Bitcoin não é moeda
Em entrevista ao Livecoins, a candidata diz haver uma confusão entre moeda e as criptomoedas.
Conforme explica, a moeda não é apenas um intermediário de troca, um meio de troca, ela é uma relação social muito mais ampla.
“Em diversos momentos de crises monetárias, por exemplo, as populações inventam outros intermediários de troca, no entanto, esses intermediários de troca não se tornam dinheiro ou moeda nas suas funções plenas. Então, as criptomoedas, ou os criptoativos, podem ser intermediários de troca num ambiente virtual da internet, mas eles não são de fato moeda”, disse.
Acerca de El Salvador, ela diz acreditar que inclusive que, por mais que ele tenha legalizado como moeda, na verdade não representa um importante meio de troca na economia do país.
A candidata também argumenta que, devido sua alta volatilidade, o Bitcoin causou danos comunais para o país, e é mais um motivo do porque não acreditar que seja, de fato, uma moeda de troca.
A candidata finaliza a entrevista ao portal de notícias declarando que é totalmente contra a adoção do Bitcoin como moeda de curso forçado, assim como qualquer outra moeda que não a do próprio país.
Blockchain é privatizar a internet
A candidata comenta o que também sobre a tecnologia cripto e o blockchain como estrutura. Segundo ela, a tecnologia pode sim ser aproveitada para boas causas.
O blockchain permite assegurar a veracidade, legalidade, legitimidade das transações que são feitas na internet, no ambiente virtual, com objetos virtuais, segundo diz.
“Ele acaba sendo um cartório de registro da identidade verdadeira das transações que são feitas na internet.”
Ao mesmo tempo, a economista tece críticas sobre a forma que a tecnologia vem sendo utilizada. Para ela, o blockchain trata-se do movimento de “privatização da internet”.
“No capitalismo, para várias coisas funcionarem de acordo com a necessidade da acumulação do capital, elas precisam se tornar propriedade privada, elas precisam se tornar cambiáveis, trocáveis, comercializável. E uma coisa que é gratuita não é uma propriedade privada, e não é comercializável. O blockchain entra então neste processo para garantir a propriedade privada das coisas produzidas no ambiente virtual.”
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