Sobe para 73% o número de inadimplentes no semestre, revela Boa Vista
O percentual de consumidores inadimplentes subiu para 73% no primeiro semestre de 2019, de acordo com a Pesquisa Perfil do Consumidor Inadimplente, da Boa Vista. Para a empresa de análise, o crescimento de 17 pontos percentuais ante o mesmo período de 2018 representa a dificuldade do brasileiro em pagar suas contas por conta de fatores como queda da renda, alta taxa de desemprego e subutilização de mão-de-obra.
Os consumidores com 25% até 50% da renda comprometida formam 20%. Uma parcela menor (7%) estão com até 25%.
Endividamento
O número de inadimplentes que se dizem muito endividados subiu de 37% no primeiro semestre do ano passado para 43% em 2019. Já os que alegam estar mais ou menos endividados representam 27% do total, enquanto os pouco endividados somam 28%. Apenas 2% não têm dívidas.
A pesquisa ainda revelou que 33% dos consumidores com restrição chegaram a procurar ajuda nos bancos. 26%, por outro lado, recorreram a parentes e familiares. Outros 25% com financeiras e mais 16% com amigos e colegas. Em média, seis em cada 100 conseguiram a ajuda que esperavam.
Valores
A Boa Vista revelou que 45% possuem dívidas de até R$ 3 mil e 25% entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.
O percentual de consumidores com dívidas acima de R$ 5 mil aumento no primeiro semestre em comparação ao de 2018. Com isso, foi de 18% para 35%.
Nome sujo
Pouco mais de 30% dos consumidores alegaram que o principal motivo que o levou à inadimplência foi o desemprego. Para 23%, a resposta está na diminuição da renda e na impossibilidade de honrar todos os compromissos financeiros.
O descontrole financeiro foi mencionado por 19%, seguido do empréstimo do nome, com 12%. Despesas extras com saúde e educação, com 10%, e atraso no recebimento de salário, com 3%, também figuraram entre as respostas.
Tempo
Do total, 14% dos consumidores negativados conseguirão pagar as dívidas em um prazo menor do que 30 dias. Porém, a maior parcela (34%) irá realizar o pagamento entre 30 e 90 dias. Outros 23% pretendem quitar as dívidas entre 90 e 180 dias e 29% em mais de 180 dias.