Sob o “porre” do coronavírus, Minas lembra outro símbolo do seu agro, a cachaça
Em mais um final de semana de pandemia, quando as confraternizações ainda estão sob restrições (ou deveriam), e o consumo de bebidas alcoólicas também (ou deveriam), chega-se ao a um novo Dia da Cachaça Mineira.
Na verdade, foi sexta (21) a data oficial das mais famosas aguardentes de cana, mas como manda a regra social (ou deveria), a partir de hoje que a bebida está liberada.
O produto está para o agronegócio de Minas Gerais tanto quanto o café, o leite, o queijo, o pão de queijo, a carne de porco, entre outros símbolos típicos do estado.
Não à toa, das marcas mais badaladas, há uma com nome bem apropriado: Espírito de Minas.
São mais de 230 milhões de litros anuais, mais de 50% da produção nacional, e cerca de 100 mil empregos diretos e outros 300 mil indiretos. E mais de US$ 1 milhão em exportações, que, naturalmente, poderiam ter sido maiores não fosse esse porre de coronavírus.
Para a cachaça de produção artesanal, não é nada pouco.
Em termos de qualidade, tem de tudo um pouco, mas a média mais baixa ainda está acima da régua de outras regiões produtoras.
Como dizem os mineiros, que fique bem claro: é cachaça, não pinga.
É cachaça que sai de todas as regiões das Minas Gerais.
O Norte, na área de município de Salinas, se concentra a maior parte dos alambiques, e tem até a famosa marca do mesmo nome da cidade.
Mas se o consumidor calejado ou iniciante quiser, vão encontrar no Sul do estado, no meio dos cafezais, até uma tal de Âmago da Tradição, e medalha de outro no concurso internacional de aguardentes de Bruxelas.