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Sob efeito China, preço da arroba e da carne cai no País, diz Cepea

21 out 2021, 10:15 - atualizado em 21 out 2021, 11:39
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Em setembro passado, o boi gordo era negociado a R$ 1,90 por arroba acima da carne no atacado, e, em outubro de 2021, a vantagem do animal sobre a proteína era de R$ 5,24 por arroba (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O preço do boi gordo continua em queda no mercado brasileiro, e também o da carne bovina no atacado, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Agropecuária (Cepea), em relatório. A queda é efeito da suspensão das compras da China.

No entanto, o Cepea observa que a arroba do animal para abate tem cedido mais rapidamente do que o da proteína bovina – assim, a carne no atacado passou a ser negociada a valores acima dos observados para a arroba, cenário que não era observado desde agosto de 2020.

Segundo o Cepea, na parcial de outubro (até o dia 19), enquanto o indicador do boi gordo Cepea/B3 (mercado paulista) registrou média de R$ 276,43 por arroba, a carcaça casada foi comercializada no atacado da Grande São Paulo por R$ 288,45 a arroba, ou seja, com vantagem de R$ 12,02 para a proteína vermelha.

Em setembro passado, o boi gordo era negociado a R$ 1,90 por arroba acima da carne no atacado, e, em outubro de 2021, a vantagem do animal sobre a proteína era de R$ 5,24 por arroba.

Já em agosto de 2020 – até então, última vez que a carne havia apresentado vantagem sobre o animal para abate -, a diferença era de R$ 4,55 por arroba, com o boi cotado a R$ 291,36 e a carne a R$ 295,91/arroba.

No caso do boi gordo, as cotações têm sido pressionadas pelo afastamento de grande parte dos compradores. Esses agentes evitam adquirir grandes lotes de animais, diante da manutenção da suspensão dos envios de carne à China.

“Além disso, a oferta de animais de confinamento tem crescido nas últimas semanas, reforçando o movimento de queda nos preços da arroba”, diz o centro de estudos.

Quanto à carne negociada no atacado, o aumento na oferta de animais – e a consequente queda de preços – se soma ao poder de compra fragilizado da maior parte da população brasileira.

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