Só Oi sobrevive em carteira recomendada de small caps do BTG para janeiro
O BTG realizou quatro trocas em sua carteira recomendada de small caps para janeiro, mostra relatório enviado a clientes.
Com isso, saíram Simpar (SIMH3), Hidrovias do Brasil (HBSA3), Locaweb (LWSA3) e Randon (RAPT4) e entraram Lavvi (LAVV3), Méliuz (CASH3), Santos Brasil (STBP3) e Aeris (AERI3).
Para a corretora, o aumento do apetite pelo risco dos mercados globais pode ser o principal incentivo para as ações dos países emergentes em 2021.
“Perspectivas encorajadoras para a economia global, com vacinação em andamento, taxas de juros baixas recorde em todo o mundo e estímulos adicionais nos EUA devem manter o apetite pelo risco relativamente níveis altos”, afirma.
Ainda segundo o BTG, embora o Ibovespa tenha disparado nos últimos meses, ainda há espaço para mais crescimento.
“Preferimos setores mais diretamente expostos ao crescimento global (petróleo, materiais básicos), construção e infraestrutura”, argumenta.
Apesar disso, a situação das contas públicas ainda preocupa, principalmente com a incapacidade ou falta de vontade do governo e do Congresso em cortar gastos e aprovar reformas estruturais.
No último mês, a carteira teve valorização de 11,2%, enquanto o Ibovespa saltou 9,3% e o Índice Small Caps cresceu 7,5%.
Trocas
De acordo com a equipe de análise do BTG, a recém chegada na Bolsa Aéris, produtor líder de pás de rotor para turbinas de energia eólica, possui fundamentos sólidos em um setor atraente.
A corretora também cita a excelência operacional da empresa, apoiada por uma unidade de produção altamente verticalizada e de última geração estrategicamente localizada no coração do principal pólo da indústria eólica do Brasil.
No caso da Santos Brasil, o BTG afirma que a companhia está bem capitalizada, após oferta de ações de R$ 790 milhões, para aproveitar a expansão do setor de infraestrutura.
Apesar de reconhecer a dinâmica desafiadora de curto prazo nos volumes de importação no porto de Santos, afetados pela crise da Covid, os especialistas veem o nome sendo negociado a uma TIR (Taxa Interna de Retorno) real de 9%, “oferecendo uma oportunidade de risco/retorno altamente atraente”.
Ainda segundo a corretora, a Lavvi está no caminho certo para cumprir seus planos traçados no IPO (Oferta Pública de Ações, em português), realizado em setembro.
Na visão dos analistas, a empresa oferece operações com muito crescimento e com alta lucratividade.
Para o próximo ano, é esperado que os lançamentos atinjam R$ 1 bilhão. Outro ponto positivo é o aquecido mercado imobiliário de São Paulo, onde a construtora atua.
Por fim, o BTG destaca que e o negócio de cashback ainda é incipiente e uma maior divulgação do produto deve beneficiar um player independente como a Méliuz.
Veja a composição:
Empresa | Ticker | Peso |
---|---|---|
Lavvi | LAVV3 | 20% |
Oi | OIBR3 | 20% |
Méliuz | CASH3 | 20% |
Santos Brasil | STBP3 | 20% |
Aeris | AERI3 | 20% |