Só existem nove fundos imobiliários para se investir no mercado, diz BTG Pactual
“Entendemos que o setor imobiliário tende a apresentar uma ótima performance nos próximos anos, com expressiva valorização no valor dos ativos”.
A avaliação é do BTG Pactual digital e exacerba o otimismo em torno dos fundos imobiliários no decorrer dos próximos anos, diante do novo panorama macroeconômico do país.
Para fundamentar o tom positivo, os analistas destacam a taxa básica de juro estruturalmente mais baixa e o reaquecimento da economia brasileira, “impulsionado pelo investimento privado e o consumo das famílias”.
Consumo e investimento
O avanço do investimento estimula a procura por das empresas por novas áreas de escritórios, galpões logísticos e shopping centers.
Já o consumo das famílias é o motor responsável pelo crescimento. Das variáveis do PIB, esta é a de maior representatividade, superior a 70%.
Oferta pressionada
Para o BTG Pactual digital, grande parte dos segmentos dos fundos imobiliários apresenta agora “sólida absorção líquida, queda de vacância e baixa oferta de ABL (Área Bruta Locável) esperada para os próximos anos, o que deve pressionar a oferta no médio prazo”.
Com a pressão esperada na oferta, ou seja, menos propriedades disponíveis, “os proprietários dos imóveis devem se beneficiar aumento de lease spread (diferença entre valor atual e futuro de negociação) nos aluguéis para os próximos anos”.
Diversificação em foco
A instituição avalia que “uma carteira diversificada (entre diferentes gestores e segmentos do mercado imobiliário) e com ativos de tijolo de alta qualidade e bem localizados (como os sugeridos) é a melhor forma de se beneficiar desse momento positivo para o setor”.
“Adicionalmente, consideramos que a exposição à fundos de recebíveis é uma ótima forma de melhorar o yield médio do portfólio e proteger a carteira de grandes oscilações do mercado, dada a menor volatilidade dos papéis”, completam os analistas.
Carteira recomendada
Em relação ao portfólio de dezembro, o BTG Pactual digital realizou duas alterações, através da maior exposição ao setor de shopping centers, de 25% para 30%; e a redução da participação de fundos de recebíveis, de 25% para 20%.
Por último, os analistas optaram por rebalancear os ativos do segmento lajes corporativas, ou escritórios comerciais, reduzindo a posição do Vila Olímpia Corporate (VLOL11) para 5% e com substituição do TB Office (TBOF11) pelo SDI Properties (SDIP11), com peso de 10%.
Veja as indicações de janeiro:
Código | Nome | Segmento | Peso |
---|---|---|---|
XPML11 | XP Malls | Shoppings | 15% |
HSML11 | HSI Malls | Shoppings | 15% |
RBRR11 | RBR Rendimento High Grade | Ativos Financeiros | 10% |
BTCR11 | BTG Pactual Crédito Imobiliário | Ativos Financeiros | 10% |
XPLG11 | XP Log | Logística | 10% |
ALZR11 | Allianza Trust Renda | Logística | 10% |
BRCR11 | BTG Pactual Corporate Office | Escritórios | 15% |
SDIP11 | SDI Properties | Escritórios | 10% |
VLOL11 | Vila Olimpia Corporate | Escritórios | 5% |