Só 2 ações de elétricas prometem bons ganhos com crise hídrica (e 3 devem cair)
As chuvas abaixo da média e o consequente impacto nos reservatórios das usinas hidrelétricas deixarão sua marca na carteira dos investidores. Mesmo que o racionamento de energia esteja praticamente descartado em 2021, cada empresa do setor elétrico sairá mais ou menos prejudicada pela situação – e isso se refletirá no comportamento de suas ações na Bolsa.
Para Daniel Travitzky, que assina um relatório do Banco Safra sobre o assunto, “é improvável que o racionamento de energia seja adotado em 2021, mas os investidores devem olhar de perto a temporada de chuvas de 2022”.
Como a maioria do mercado, o Safra também espera que o risco de racionamento seja afastado pelo maior consumo de energia termelétrica.
E as ações?
O analista acrescenta que as geradoras de energia muito dependentes de usinas hidrelétricas estão sujeitas a potenciais impactos negativos. “Contudo, cremos que o cenário hídrico desafiador causaria impactos limitados para as concessionárias em geral, pelo menos, no curto prazo”.
Entre as cinco companhias elétricas que acompanha, o Safra afirma que a Cesp (CESP6) será a mais pressionada, uma vez que as hidrelétricas respondem por toda a energia que gera. A Engie Brasil (EGIE3) e a AES Brasil (AESB3) também enfrentarão problemas, mas a maior diversificação de sua matriz energética joga a favor.
Veja, a seguir, o que fazer com as ações do setor elétrico, segundo o Safra.
Recomendação | Empresa | Código | Preço-alvo (R$) | Alta/Baixa (%)* |
---|---|---|---|---|
Outperform | Cesp | CESP6 | 32,3 | *+33,7 |
Outperform | Engie Brasil | EGIE3 | 50,2 | *+24,1 |
Neutra | AES Brasil | AESB3 | 14,3 | *-0,2 |
Neutra | Eletrobras ON | ELET3 | 35,1 | *-22 |
Neutra | Eletrobras PN | ELET6 | 36,7 | *-17,9 |
*sobre a cotação de 02 de junho |