Smiles fecha em queda de 8,46% e toca mínima de 11 meses após previsão decepcionar
As ações da Smiles (SMLS3) desabaram nesta terça-feira para mínimas desde outubro de 2018, após administradora de programa de fidelidade estimar na véspera desaceleração de receitas e queda de margens em 2020.
A empresa, controlada pela companhia aérea Gol (GOLL4), prevê crescimento no faturamento bruto na faixa de 5% a 10% no próximo ano, ante projeção de alta de 11% a 12,5% em 2019.
No caso da margem direta de resgate, a previsão da Smiles é de intervalo de 37% a 38,2% neste ano e entre 25% a 30% em 2020.
Os papéis da Smiles caíram 8,85%, a 30,91 reais, tendo chegado a 30,60 reais no pior momento, mínima intradia desde outubro de 2018, e maior queda do Ibovespa, que oscilava ao redor da estabilidade. Gol (GOLL4) subia 0,86%.
“A Smiles divulgou guidance decepcionante para 2019 e 2020 para o faturamento bruto e margem direta de resgate”, afirmaram os analistas do Bradesco BBI liderados por Victor Mizusakim, acrescentando que o “pesadelo está se tornando realidade”.
Em relatório a clientes, eles reduziram a estimativa para o lucro líquido de 2020 em 33% e cortaram o preço-alvo para 35 reais, de 44 anteriormente, enquanto reiteraram a recomendação neutra para a ação.
Os analistas afirmaram que a deterioração rápida na lucratividade da indústria de redes de fidelidade pode ser atribuída a “deterioração de mix, com maior número de passagens resgatadas a preços comerciais, preços maiores de passagens no mercado doméstico…acesso menor a passagens internacionais e aumento da competição”, entre outros fatores.
A Smiles realiza encontro anual com investidores nesta terça-feira.