Small Caps: Estreante e rainha dos cashbacks é a favorita entre 15 analistas para agosto
Julho jogou um balde de água fria nos investidores. A queda dos mercados foi generalizada e atingiu a maioria dos setores. A grande preocupação ficou por conta da variante do coronavírus, a Delta.
Mais transmissível, a cepa já provou que tem a capacidade de causar estragos nas economias. Inúmeros foram os países que retrocederam na reabertura das suas atividades. O temor é que isso também ocorra no Brasil.
No mês, o Ibovespa tombou 3,94%, primeira perda mensal desde fevereiro, e levou junto o índice small caps, que recuou 4,18%.
“A ameaça da nova variante pode reverter ou desacelerar a reabertura da economia, como vem sendo observado em países desenvolvidos, especialmente na Europa, Austrália e países Asiáticos”, aponta o BB Investimentos.
Ainda segundo a corretora, outra preocupação que ecoa nos mercados é a crise hídrica, uma das piores dos últimos anos e que ocorre, justamente, durante a reabertura econômica.
“Não observamos impactos relevantes dos custos de energia no processo de recuperação das margens de rentabilidade das companhias, porém, apenas a partir da temporada de resultados do terceiro trimestre será possível ter mais visibilidade sobre essa pressão mais recente de preços”, completa.
Para agosto, de acordo com o BTG, a recuperação econômica segue vibrante, mas os riscos fiscais aumentaram.
“Embora a situação fiscal tenha melhorado claramente em relação às expectativas há alguns meses, uma combinação dos planos do governo para expandir os programas sociais e um espaço fiscal menor do que o esperado em 2022 tem preocupado os investidores”, afirma.
O BB afirma ainda que após o índice small caps bater recorde histórico na parte final de junho, entrou em tendência declinante, que se alongou em julho, refletindo em fraqueza de seus indicadores técnicos.
“Neste momento, para o mês de agosto, ainda não se observam sinais de reversão e, caso perca o piso atual, a tendência de baixa deverá se prolongar”, completa.
Diante de todo esse cenário, ter uma carteira resiliente e com boas empresas é fundamental.
Pensando nisso, o Money Times reuniu 15 carteiras das principais corretoras do país para descobrir as small caps que estão no radar dos mercados.
Essas empresas, menores que as blue chips (grandes companhias da Bolsa), mas maiores que as microcaps, costumam ser conhecidas como ações de segunda ou terceira linha, mas que têm grande potencial de retorno.
No total, 82 ativos foram recomendados pelo menos uma vez, entre units, ações preferenciais e ordinárias. Esse conjunto de papéis somou 120 indicações.
As mais indicadas
E o papel mais indicado ficou com a Méliuz (CASH3), empresa que estreou na Bolsa em novembro do ano passado e já caiu na graça dos investidores. Ao todo, a companhia recebeu quatro indicações.
A Ágora, que indicou a ação, destaca a recente oferta de ações que a companhia realizou, captando R$ 427 milhões.
“Acreditamos que a empresa deva expandir e monetizar seus serviços financeiros. A estratégia da empresa parece estar mudando para ser mais do que “apenas” uma plataforma de cashback, para se tornar um ecossistema completo que ajuda os clientes em sua jornada de compras online”, diz.
Para os próximos trimestres, a corretora prevê forte aceleração das receitas, com crescimento robusto em todas as áreas, mas com aceleração considerável dos custos, “pois a Méliuz deve aumentar suas despesas com marketing e pessoal, o que pode pressionar a Margem Ebitda”.
Já a Guide destaca que a Méliuz vem apresentando, ao longo dos últimos anos, um volume geral de vendas (GMV) grande, tendo sido multiplicado por 10 vezes.
Outras oito empresas empataram em segundo lugar, com três indicações cada.
Uma das surpresas é Oi (OIBR3;OIBR4), companhia que vem lutando para sair da recuperação judicial que se encontra.
No mês passado, a tele apresentou o seu plano de voo para os próximos anos, vista com ceticismo pelos mercados.
Segundo o BTG, as principais métricas operacionais e de crescimento estão em linha com as expectativas.
No entanto, a maior queima de caixa em 2021 e alguns passivos aumentaram a alavancagem.
“Apesar da forte queda em nosso preço-alvo, ainda vemos um bom potencial de valorização de 89% com base no preço atual das ações da Oi”, completa.
Participaram do levantamento: Ágora, BB Investimentos, BTG Pactual, Easynvest, Eleven, Elite, Genial, Guide Investimentos, Inversa, Itaú BBA, Necton, Mirae, Santander, XP Investimentos e Terra.
O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.
Veja as mais indicadas
Empresa | Ticker | Indicações |
---|---|---|
Méliuz | CASH3 | 4 |
3R Petroleum | RRRP3 | 3 |
Ferbasa | FESA4 | 3 |
Intelbras | INTB3 | 3 |
Oi | OIBR3 | 3 |
Petz | PETZ3 | 3 |
Santos Brasil | STBP3 | 3 |
Simpar | SIMH3 | 3 |
Vamos | VAMO3 | 3 |