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Small caps: BTG Pactual faz quatro trocas na sua carteira de ações para dezembro

02 dez 2024, 12:20 - atualizado em 02 dez 2024, 12:20
small caps ações
(Imagem: Getty Images/Canva Pro)

BTG Pactual realizou quatro alterações na sua carteira de small caps para o mês de dezembro.

Com isso, as ações da  Intelbras (INTB3), Vivara (VIVA3), IRB (IRBR3) e LWSA (LWSA3), antiga Locaweb deram lugar para os papéis da Fleury (FLRY3), Grupo Mateus (GMAT3), Inter (INBR32) e SLC Agricola (SLCE3).

Em novembro, a carteira apresentou uma queda de -6,7%, performando abaixo do Ibovespa (-3,1%) e do SMLL (-4,5%), conforme gráfico abaixo.

Desde 31 de dezembro de 2023, o portfólio de Small Caps apresentou uma alta de +7,2%, contra -6,3% para o Ibovespa e -18,7% para o SMLL.

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As small caps do BTG para dezembro

Empresa Ticker Potencial de alta
GPS GGPS3 54,70%
Tenda TEND3 63,69%
Marcopolo POMO4 52.22%
Desktop DESK3 62,07%
Orizon ORVR3 41,35%
Grupo Mateus GMAT3 55.37%
Inter INBR32 44,82%
SLC Agrícola SLCE3 31.87%
São Martinho SMTO3 50,32%

Sobre as novas escolhas

Fleury

Após o recente desempenho abaixo do esperado (-11% em novembro), a Fleury agora entra no portfólio de small caps do BTG. Dentro do setor de saúde, o banco considera a Fleury uma das melhores escolhas de ações defensivas durante períodos de volatilidade aguda
do mercado, pois oferece uma combinação atraente de:

  1. baixa alavancagem;
  2. taxas de crescimento razoáveis em um negócio defensivo;
  3. um bom retorno, dado seu forte yield de fluxo de caixa livre (10% em 2024 e 12% em 2025) e yield de dividendos (6% em
    2024 e 9% em 2025); e
  4. valuation atrativo (aproximadamente 9,5x P/L para 2025).

Recentemente, a empresa realizou seu Investor Day, onde enfatizou que deve continuar ganhando participação de mercado (em B2C/B2B), enquanto potenciais ganhos de margem não foram descartados. Essas dinâmicas devem impulsionar um sólido momento de resultados.

Inter

Embora a deterioração da dinâmica macroeconômica do Brasil, com a inflação em alta e taxas de longo prazo muito mais elevadas, possa levar a uma estratégia mais cautelosa em relação ao crescimento e ao risco de qualidade dos ativos no Inter, o BTG acredita que a queda de 28% no último mês foi exagerada.

Mesmo nesse cenário, ainda se espera uma melhoria contínua na margem financeira ajustada ao risco, impulsionando maiores ROEs, especialmente considerando o ainda incipiente portfólio de consumer finance (financiamento via PIX, “Buy Now, Pay Later” e cheque especial em R$500 milhões), que tem um significativo espaço para crescer.

Além disso, o banco tem se destacado no crescimento da receita de tarifas (aumento de quase 40% a/a nos primeiros 9 meses de 2024), o que também é gerador de valor para o ROE. “Negociando a 1,4 vezes o último P/VP e 8,2 vezes o P/L estimado para 2025, acreditamos que a assimetria agora está mais inclinada para o lado positivo”.

Grupo Mateus

Os resultados trimestrais recentes reforçaram mais uma vez a resiliência das operações da GMAT, com sinais de melhorias nas margens e uma expansão decente da receita líquida (incluindo uma aceleração no formato C&C).

Embora a forte concorrência (incluindo de players regionais, que saturam alguns mercados) e as margens apertadas signifiquem que o setor de varejo alimentar não seja uma grande tese de investimento estrutural, o banco ainda vê o GMAT (nossa principal escolha no segmento) como uma opção mais resiliente, combinando baixa alavancagem financeira, valuation atrativo e exposição ao aumento da inflação alimentar no Brasil e às regiões (Nordeste e Norte) onde os players nacionais (e mais agressivos) tem uma menor competitividade.

SLC Agrícola

A empresa possui vantagens competitivas e é líder de mercado em um dos setores mais prósperos e de rápido crescimento do Brasil: o Agronegócio.

Embora não seja nosso cenário base uma alta imediata nos preços da soja ou do algodão, os analistas também não antecipam outra queda acentuada nos preços das commodities, com preços próximos ou abaixo dos custos marginais de produção.

Em termos de valuation, a SLC continua sendo uma sólida tese de investimento de carrego, negociando a um atrativo múltiplo de 4,5x EV/Ebitda para 2025 e abaixo do patamar de 1x P/NAV.

Como grande exportadora de commodities agrícolas, a SLC também oferece uma exposição interessante a uma taxa de câmbio maior no Brasil.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.