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Small Caps, a grande oportunidade da bolsa? Veja o que dizem pesos-pesados do setor

22 ago 2023, 20:22 - atualizado em 22 ago 2023, 20:22
Rodolfo Amstalden (esq.), co-fundador da Empiricus Research e Werner Roger (dir.), CIO e co-fundador da Trígono Capital, participaram do evento Small Caps Masters, do Market Makers

As small caps, empresas de baixa capitalização na bolsa, podem ser grandes oportunidades para investidores que buscam empresas descontadas e com boas teses fundamentalistas.

Ao menos é o que dizem gestores e analistas de peso do setor, como Rodolfo Amstalden, co-fundador da Empiricus Research, e Werner Roger, CIO e co-fundador da Trígono Capital, que falaram no painel “como encontrar as melhores Small Caps da bolsa agora” (assista abaixo), realizado nesta terça-feira (22).

“É uma das categorias em que a pessoa física pode ter uma vantagem em relação ao investidor profissional”, diz Amstalden.

Segundo ele, o setor de small caps é negociado “com um desconto sistemático”, muito por conta de falta de informação e cobertura do mercado. Amstalden afirma que a classe pode beneficiar o investidor pequeno ante o profissional.

“Dá para comprar um pedacinho de uma small cap e ganhar muito dinheiro, entrando no papel sem gerar distorções, o que é diferente para um investidor grande”, diz, enfatizando as oportunidades de retornos que vê nesses papéis.

“Você pode ter upsides de 100%, 200%, 300%, sem deslocar o papel”. Ele ressalta, no entanto, que o investidor precisa estar “devidamente orientado e instruído” para operar com empresas do setor.

Werner Roger, que gerencia um dos melhores fundos de small caps do país, cujo rendimento ultrapassou 270% nos últimos 5 anos, contra 33% do Ibovespa no mesmo período, explica que “olha ações como olha crédito: olhando para o longo prazo, como se não tivesse liquidez”.

Roger faz uma analogia com as debentures, “papéis que você compra e espera até o final”. O gestor, ex-analista de crédito e atuante no mercado financeiro há mais de 40 anos, afirma que sua tese principal está sempre na empresa.

“Não olhamos benchmarks (…) olho primeiro a empresa, depois a microeconomia, e em seguida a macroeconomia. Somos mais apegados às empresas, e não ao que o mercado olha”, explica. Confira abaixo: