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SLCE3, TTEN3 e SOJA3: A tese do agronegócio para ter na carteira em 2025

21 dez 2024, 13:36 - atualizado em 21 dez 2024, 13:36
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(Montagem: Money Times)

SLC Agricola (SLCE3), 3tentos (TTEN3) e Boa Safra (SOJA3) apresentaram cenários distintos em 2024, principalmente no que se refere ao desempenho das ações.

Enquanto a SLCE3 cresceu 0,33% no acumulado do ano até a última sexta-feira (20), a TTEN3 acumulou um avanço de 29,15% e SOJA3 teve uma forte queda de 32,51%.

O ano foi marcado por desafios dentro do agronegócio, em um 2024 marcado por margens comprimidas para commodities agrícolas como soja e milho, além de problemas climáticos.

Nesta semana, em relatório de perspectivas para 2025, o Santander reforçou que a SLCE3 superou TTEN3 como sua top pick (ação favorita) no agronegócio, com o banco mantendo sua tese de uma curta duração de fluxo de caixa livre em meio às altas taxas de juros no Brasil, com a depreciação do real impulsionando os resultados da empresa.

Apesar disso, o Santander mantém uma perspectiva animadora para TTEN3 (compra e preço-alvo de R$ 17 para R$ 19) em 2025 e reforçou sua recomendação de compra para Boa Safra (SOJA3) (preço-alvo saindo de R$ 18 para R$ 15).

O banco vê SOJA3 como uma small cap atrativa para o segundo semestre de 2025, se a forte temporada de colheita de soja atingir seu potencial máximo. Na nossa carteira de dezembro, a SLC contou com duas indicações entre 24 analistas, enquanto TTEN3 teve 1 e SOJA3 nenhuma.

SLCE3, TTEN3 e SOJA3: O que dizem as empresas do agronegócio?

Em entrevista ao Money Times após os resultados do 3T24, o CFO da SLC, Ivo Brum, disse que a companhia teve uma perda de R$ 500 milhões em 2024, mas que espera uma recuperação já no 1T25. Em relatório recente, a XP disse que a ação deve se beneficiar um dólar mais elevado.

“Perdemos 17% de soja, com isso, deixamos de fazer uma receita de R$ 500 milhões no curto prazo, um caixa direto. No ano que vem, devemos ter uma colheita muito positiva, e se a gente produzir bem soja no 1T25, vamos reverter aquela perde de R$ 500 milhões, apontou Brum.

Já o CEO da Boa Safra, também em conversa ao Money Times, reforçou que o foco da empresa no próximo deve ficar por compras para aumentar o volume de produção da companhia. Em 2024, o momento de crédito do setor e a questões climáticas foram obstáculos.

“Tem muito oferta, mas é lógico que estamos sendo muito diligentes, já que o dinheiro tem ficado muito caro no Brasil. Temos a opção de fazer uma grande aquisição ou várias compras médias. Mas tem de ser uma ótima oportunidade, temos um mercado com juros caros e problemas de RJ no setor, então precisamos ser cautelosos”, vê Marino Colpo.

A 3tentos, por sua vez, mira suas atenções para o recente investimentos da companhia no Vale do Araguaia, que deve ultrapassar R$ 2 bilhões até 2030. A 3tentos afirma que acrescentou um potencial imediato de R$ 16,4 bilhões no mercado de insumos da região

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.