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A ação que desbanca frigoríficos e supera o Ibovespa; os destaques do BB para o agro em julho

15 jul 2024, 12:41 - atualizado em 19 jul 2024, 17:20
agro frigoríficos
Com atualização para produtividade e avaliação de terras agrícolas, ação do agro supera bom momentum dos frigoríficos  (Imagem: YouTube/SLC Agrícola)

Da mesma forma que aconteceu em maio, os frigoríficos se destacaram na bolsa brasileira em junho, favorecidos pela desvalorização do real, que beneficia as exportações.

No entanto, neste mês de julho, o destaque do fica por conta da SLC Agricola (SLCE3), que acumula valorização de 9,51% (até a última sexta-feira), após a divulgação da avaliação das terras e produtividade esperada para as safras 23/24 e 24/25.

Em relatório assinado por Georgia Jorge, o BB Investimentos avaliou os principais papéis e segmentos do agro para junho.

No mês passado, os frigoríficos da BRF (BRFS3), JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) avançaram 22%, 11,9%, 9,6% e 7,7%, respectivamente.



Confira o desempenho das ações do agro em junho e julho (até 11/07)

O que esperar para o agro em julho?

Grãos

Em junho, preços médios de exportação da soja e do milho seguiram em queda na comparação anual. No levantamento de safra mais recente, a Conab elevou novamente as estimativas de milho para a safra atual, diante das boas precipitações observadas.

Em junho, as exportações de soja foram de 14,1 milhões de toneladas, estável a/a, enquanto o preço médio subiu 2,6% m/m, mas caiu e 9% a/a (US$ 444/ton). A China foi o principal destino da oleaginosa, com 76% de participação no volume embarcado. Os dados preliminares do mês de julho mostram alta de 23% no volume médio diário na comparação anual e queda de 8% a/a nos preços médios.

As exportações de milho foram de 851 mil toneladas em junho (-18% a/a), com o preço médio caindo 3% m/m e 22% a/a (US$ 201/ton). No caso do cereal, Argélia foi o principal destino dos embarques, com 37% do volume. Os dados preliminares de julho indicam queda de 78% a/a no volume médio diário embarcado e de 13% a/a nos preços médios.

No 10º levantamento da safra 2023/24, a Conab elevou novamente sua estimativa para a produção brasileira de milho 2ª safra – cuja colheita atingiu 48% da área semeada no início de julho – em 1,9 mm ton, devido às boas precipitações ao longo do desenvolvimento da cultura nas regiões do MT, PA, TO e parte de Goiás.

O milho 3ª safra está com o plantio finalizado em todas as regiões produtoras, com o clima vindo favorável ao estabelecimento e desenvolvimento das lavouras com a ocorrência de precipitações bem distribuídas na maioria das áreas.

Carne bovina

Em junho, as exportações de carne bovina continuaram a tendência de alta significativa na comparação anual, enquanto os preços médios recuaram levemente em relação aos meses anteriores. Já o preço da arroba do boi, medido pelo indicador Cepea, teve leve alta na comparação mensal e encerrou o mês de junho em R$ 225/arroba.

Em junho, as exportações brasileiras de carne bovina somaram 192 milhões de toneladas, alta de 0,6% a/a. Os embarques para a China recuaram 32% a/a, apesar de ainda se manter como principal destino no mercado externo, com 47% de participação no volume total embarcado (ante 70% em jun/23).

Os preços médios se mantiveram estáveis em relação aos meses anteriores, em cerca de US$ 4.500 por tonelada, mas representam uma queda de 11,7% a/a. Os dados preliminares, até a primeira semana de julho, mostram a continuidade desta tendência, com crescimento de 42% no volume médio diário na comparação anual, e queda de 6,5% a/a nos preços médios.

O indicador do boi gordo, medido pelo Cepea/Esalq, reverteu a retração observada nos meses anteriores e encerrou junho em R$ 225,2/@, alta de 1,8% em relação ao mês anterior, mas 13,4% inferior na comparação anual, refletindo a maior oferta de gado
durante a fase favorável do ciclo bovino no Brasil.

Carne de frango e suína

As exportações de carne de frango mantiveram-se estáveis na comparação anual, mas houve queda dos preços médios, apesar da elevação dos mesmos no mercado interno. Na carne suína, houve tanto retração dos volumes de exportação quanto dos preços médios a/a.

Em junho, as exportações de carne de frango ficaram estáveis na comparação anual e somaram 313 milhões de toneladas. Os três principais destinos foram China, Emirados Árabes Unidos e Japão, que juntos representaram 30% do volume total embarcado. Os preços médios tiveram alta de 0,9% m/m e queda de 7% a/a, encerrando o mês em ~US$ 1.800 por tonelada.

No mercado interno, os preços de carne de frango ficaram praticamente estáveis em relação ao mês anterior (- 0,4% m/m) e avançaram 22% a/a, como reflexo do maior equilíbrio entre oferta e demanda domésticos.

Já as exportações de carne suína tiveram queda de 2,7% na comparação anual e atingiram 94 milhões de toneladas. A China foi o principal destino, com 16% de participação, seguida das Filipinas, com 12%. Houve retração dos preços médios (-7,7% a/a), atingindo ~US$ 2.361 por tonelada.

Os preços de milho mostraram uma leve retração na comparação mensal (-1,5%), enquanto no mercado internacional houve uma queda bastante expressiva de 11% m/m.

Recomendações do BB Investimentos no agro

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo Potencial de alta
Ambev ABEV3 Compra R$ 16 38,8%
Minerva BEEF3 Compra R$ 12 75,7%
BRF BRFS3 Neutra R$ 16 -27,1%
JBS JBSS3 Compra R$ 32 0,6%
M. Dias Branco MDIA3 Compra R$ 48 69,4%
Marfrig MRFG3 Neutra R$ 12 -0,2%
Ourofino OFSA3 Neutra R$ 25 32,4%
SLC Agrícola SLCE3 Compra R$ 26 35,7%

 

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
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