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SLC Agrícola (SLCE3): Veja como 5 analistas avaliam os resultados no 3T24; é hora de comprar?

13 nov 2024, 18:28 - atualizado em 19 nov 2024, 12:09
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A SLC Agrícola (SLCE3) reportou uma receita líquida de R$ 1,63 bilhão. (Foto: Divulgação)

A SLC Agrícola (SLCE3) divulgou nesta terça-feira (12) os resultados operacionais do terceiro trimestre de 2024 (3T24). A empresa reportou prejuízo de R$ 17 milhões e recuo de 6% no Ebitda, em comparação com o mesmo período do ano anterior (a/a).

Os números não são animadores, mas cinco analistas recomendam a compra da ação e veem a safra 2024/25 com otimismo. O Ebitda surpreendeu o BTG Pactual, que esperava o indicador 29% abaixo dos R$ 463 milhões reportados.

Para o BTG, a SLC “permanece uma aposta sólida, com rendimentos de fluxo de caixa (FCF yield) projetados de 9% com base em um retorno a condições climáticas e yield mais normais em 2025”. O banco define preço-alvo de R$ 24 para a ação, com potencial de valorização de 37,7%, com base no fechamento desta terça-feira (12).

SLCE3 terminou as negociações com baixa de 1,26%, a R$ 17,20, nesta quarta-feira (13).

Maiores volumes equilibram os resultados

Devido a baixa nos preços das commodities e recuo de produtividade da safra 2023/24, os resultados do milho despencaram. A cultura reportou números fracos, com queda de 55% na receita líquida e de 41% nas vendas faturadas. O resultado bruto unitário caiu 76% (a/a).

A soja foi impactada pelos mesmos fatores, mas o volume faturado cresceu 98%, impulsionando uma receita de R$ 344 milhões. O aumento das vendas foi determinante para segurar o faturamento, já que o preço da oleaginosa caiu cerca de 17% (a/a).

Já o algodão em pluma foi o principal fator de equilíbrio da SLC Agrícola no trimestre. A cultura registrou um resultado bruto de R$307,8 milhões, (+28,8% a/a) sustentando parcialmente o desempenho da companhia frente à pressão nas demais culturas.

Segundo a Genial Investimentos, o produto foi favorecido tanto pela redução no custo unitário (-5,2% a/a) quanto elevação de volume faturado (+47,2% a/a), que compensaram, parcialmente, a queda no preço de venda unitário (-7,9% a/a), mantendo o algodão como um importante amortecedor dos efeitos negativos do clima adverso na soja e no milho.

A empresa reportou uma receita líquida de R$ 1,63 bilhão, que representa alta de 20,6% em comparação com o trimestre anterior e recuo de 1% na comparação anual.

O que sustenta a compra da SLC Agrícola (SLCE3)?

De acordo com a Genial, o preço do algodão pode ser sustentado no curto prazo por uma oferta restrita nos EUA, indicadas por relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A corretora recomenda compra e define preço-alvo de R$ 22.

“Além do contexto de mercado, a SLC continua a investir em eficiência operacional e controle de custos, mantendo-se resiliente e focada na estratégia asset light, priorizando arrendamentos e avaliando aquisições estratégicas pontuais”, afirma a Genial.

O BB Investimentos mantém a tese de compra e define preço-alvo ainda maior: R$ 26, com potencial de valorização de 49% em relação ao último fechamento.

“Apesar dos preços atuais das commodities ser um fator de preocupação, entendemos que a retomada da produtividade a patamares normais, combinada com o real desvalorizado e a redução dos custos por hectare plantado, permitirão à companhia reportar resultados mais robustos na próxima safra”, diz Georgia Jorge, do BB.

O Santander e o Itaú BBA também recomendam a compra dos papéis, vendo com otimismo as posições de hedge da SLC, além da expectativa por resultados melhores na próxima safra.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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