SLC Agrícola (SLCE3): Com valorização para terras, analistas citam surpresa e desconto; ações fecham com alta de 7%

As ações da SLC Agricola (SLCE3) fecharam com alta de 7,21%, aos R$ 18,71, nesta segunda (1). A alta está atrelada ao comunicado divulgado pela companhia na última sexta-feira (28), de que as terras da empresa acumularam valorização de 7%, de R$ 10,928 bilhões para R$ 11,591 bilhões.

Para o BTG Pactual, essa foi uma surpresa positiva. Os analistas esperavam uma estabilidade nos valores, já que os preços das commodities reportaram quedas nos últimos meses.

Com valor atual do hectare médio da SLC em R$ 57,555, o banco vê o portfólio de terras da companhia acima do valor médio das terras agrícolas do Brasil. O BTG recomenda compra e preço-alvo de R$ 29.

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“A SLC continuará sendo uma sólida tese de investimento, oferecendo yields (rendimentos) de fluxo de caixa para o acionista de dois dígitos, mesmo quando o ciclo de preços das commodities está desfavorável”.

XP mantém cautela e Santander enxerga desconto

Já a XP Investimentos, que conta com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 19,60, vê os números como positivos, mas não projeta uma forte reação para as ações, enquanto não surgem fortes catalisadores para os preços dos grãos.

O Santander, por sua vez, reforça a compra. O banco elevou seu preço-alvo de R$ 22 para R$ 27 por ação, o que representaria um avanço de 55% para o preço atual. A visão positiva se dá pela

1. valorização dos preços das terras agrícolas,
2. longa exposição líquida a um real mais fraco e
3. recuperação da rentabilidade no ciclo 2024/2025

“O atual preço de mercado da SLC de R$ 7,7 bilhões implica uma avaliação das terras em R$ 6,7 bilhões, assumindo um valor líquido econômica gerado pelas terras arrendadas de R$ 4 bilhões. Isso sugere que a empresa está negociando com um desconto de 30% nos seus próprios terrenos, o que deve ser visto como um prêmio”, pontuam.

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SLC Agrícola divulga guidance da safra 2024/2025

Ainda nesta manhã, a companhia divulgou suas projeções para safra 2024/2025. Segundo a SLC Agrícola, foram adquiridos 100% da necessidade para o Cloreto de Potássio, 92% dos fosfatados, 97% dos nitrogenados e 85% dos defensivos.

Já o hedge de câmbio feito pela companhia para as operações de soja, algodão e milho ficaram em R$ 5,205, R$ 5,3748 e R$ 5,4109, respectivamente.

Quando hedge da soja e algodão, a SLC travou 43,9% da oleaginosa e 1,1% da pluma. A empresa não informou quanto de hedge foi feito para o milho.

Veja os comunicados da SLC