SLC Agrícola (SLCE3) cita redução para soja, aposta com El Niño e chance para novos cortes; confira

A SLC Agricola (SLCE3) precisou revisar suas projeções para a safra 2023/2024 nesta semana devido às chuvas abaixo da médias e as temperaturas elevadas em áreas produtoras, com destaque negativo para o Mato Grosso.

Sendo assim, a companhia descontinuou 16 mil hectares de soja, inicialmente projetada para plantio de soja + algodão, para apenas algodão.

Em conversa com o Money Times, Ivo Brum, diretor financeiro e de relações com investidores da SLC, falou sobre os impactos do El Niño.

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“O fenômeno climático se mostrou bastante forte nesses primeiros três meses, com uma redução de chuvas, o que resultou um atraso no plantio, algumas lavouras não se desenvolveram adequadamente, o que nos esforçou a replantar alguns áreas. A ideia era plantar algodão segunda safra, plantando primeiro a soja depois a pluma, mas devido aos problemas optamos por plantar algodão primeira safra”, explica Brum.

Chance para novos cortes da SLC Agrícola

Segundo Brum, a escolha ocorre pelo maior potencial produtivo do algodão, de forma a maximizar as margens.

“Não conseguimos prever o clima além de 2-3 semanas à frente e não há certezas do que virá pela frente. Para dezembro, há expectativa para um retorno na normalidade das chuvas, enquanto para janeiro e fevereiro precisamos aguardar. Ainda que exista perspectivas que apontem para muito chuvas nos dois primeiros meses do ano que vem, não podemos afirmar ou garantir nada para as lavouras”, discorre.

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Vale ressaltar que devido ao replantio de 19 mil hectares de soja, a área do milho safra sofrerá uma redução de 7,7 mil hectares em relação ao inicialmente projetado.

“Em virtude desse atraso no plantio e estabelecimento das lavouras, vamos ter colheitas no Mato Grosso no fim de fevereiro e início de março que vão deixar o milho safrinha fora da janela de plantio. Considerando os preços e El Niño, talvez não valha a pena plantar o grão nessas áreas”, diz.

Por fim, na semana que vem, você acompanha essa entrevista na íntegra no YouTube do Money Times