SLC Agrícola (SLCE3): BTG vê aquisição de terras positiva para a companhia e reforça recomendação; entenda

O BTG Pactual divulgou nesta segunda-feira (17) uma análise sobre a aquisição de 40 mil hectares de terras em Minas Gerais, por parte da SLC Agricola (SLCE3). De acordo com os analistas, a dinâmica de equilibrar terras arrendadas e terras próprias é natural no setor e a empresa aproveitou a oportunidade.
No caso da SLC, o banco ainda destaca que o crescimento da empresa nos últimos anos foi amplamente impulsionado por esse modelo de divisão de terras. Segundo analistas, apesar de 67% da área plantada pela empresa estar em terras arrendadas, o modelo de terras próprias oferece retornos mais estáveis.
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O BTG sublinha o potencial de valorização do ativo no longo prazo, fato que tende a ser subvalorizado pelo mercado, segundo o banco. Os analistas ressaltam que, como as áreas já integram o portfólio de terras arrendadas, a aquisição não deve gerar uma expansão significativa da área plantada.
Para o banco, a SLC encontrou uma oportunidade de equilibrar sua participação de terras próprias dentro do portfólio em um momento de estagnação nos preços de terras e commodities.
Segundo os analistas, apesar de parecerem maduras, essas terras ainda podem passar por investimentos para otimização, como expansão da irrigação.
Nesta segunda-feira (17), SLCE3 caíram 3,92%, a R$ 17,89.
Recomendação do BTG para a SLC Agrícola (SLCE3)
O BTG disse acreditra que a SLC realizou o movimento com o objetivo de expandir futuramente sua área plantada sem comprometer o equilíbrio entre terras próprias e arrendadas.
No entanto, o banco reconhece que a compra de R$ 723 milhões pode preocupar alguns investidores em relação à geração de caixa da companhia no curto prazo. A estimativa é de que a empresa tenha R$1,2 bilhão em compromissos de M&A para 2025 e R$480 milhões para 2026.
Apesar disso, os analistas veem a alavancagem abaixo da orientação dos executivos, o que justifica a aquisição no momento. O BTG mantém a recomendação de compra para as ações da SLC, com o preço-alvo de R$ 24, um potencial de valorização de 29% frente ao último fechamento.
O banco reafirma que a empresa é uma de suas principais teses pela crença de que ela oferece uma rara combinação de crescimento e valor, adquirindo terras de alta qualidade a preços atrativos e operando em um momento de baixa no ciclo de commodities.
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