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SLC Agrícola (SLCE3): BofA eleva recomendação para compra por dólar e maior área plantada

02 dez 2024, 17:25 - atualizado em 02 dez 2024, 18:27
slc agrícola slce3
(Imagem: YouTube/SLC Agrícola)

O Bank of America (BofA) elevou a recomendação para as ações da SLC Agricola (SLCE3) de neutro para compra, com o preço-alvo passando de R$ 22 para R$ 24 (potencial de alta de 39%).

Em reação, as ações SLCE3 subiram 3,22%, a R$ 17,97.



Na avaliação das analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo, a SLC Agrícola apresenta um perfil de risco-retorno atraente, sustentado por um sólido crescimento nos lucros, com uma projeção de aumento anual composto do Ebitda (CAGR) de 20% entre 2024 e 2026.

Esse desempenho positivo, segundo elas, é impulsionado pela expansão da área plantada e por rendimentos agrícolas mais elevados, aliados ao benefício de um real mais fraco e à sólida posição financeira da empresa, que opera sem alavancagem.

Além disso, as analistas destacam que as ações estão sendo negociadas a um valuation atrativo de 3,6 vezes o EV/Ebitda projetado para 2025, um patamar bem abaixo da média histórica de 5,5 vezes.

Elas também ressaltam o rendimento de 7% do fluxo de caixa livre (FCF), reforçando a atratividade da companhia como uma oportunidade de investimento.

Dado esse cenário, o BofA:

  1. Elevou a estimativa de Ebitda para 2025 em 7%, assumindo um dólar em R$ 5,90 (de R$ 5,75) até 2025;
  2. Estima um CAGR (Taxa de crescimento anual) de Ebitda de 20% 24-26E, dada a expansão da área plantada, já anunciada, e maiores rendimentos; “A SLC não está alavancada com Dívida Líquida/Ebitda estimada em 1,0x até o ano de 2025, minimizando o impacto de taxas de juros mais altas no Brasil no fluxo de caixa”.
  3. Enxerga as ações sendo negociadas a um valuation atrativo.

SLCE3: Lucros devem crescer por área plantada e maiores rendimentos

Embora veja um aumento limitado nos preços das commodities em 2025, o Bank of America acredita que a SLC deve ser capaz de aumentar significativamente o Ebitda de R$ 2,16 bilhões para R$ 2,8 bilhões em 2024, já que a área plantada deve aumentar 11% para 734 mil hectares, enquanto os rendimentos de soja e milho devem aumentar 21% e 7% ano a ano, respectivamente.

“Vemos um risco mais limitado para os rendimentos da soja neste momento, apesar do plantio tardio no Centro-Oeste, pois as condições climáticas melhoraram”.

Commodities devem seguir pressionadas em 2025

Para 2025, o banco prevê que os preços da soja e do milho em Chicago permaneçam pressionados, variando entre US$ 9,5-10/bushel (soja) e US$ 3,8-4,2/bushel (milho), contra preços spot de US$ 9,9/bu e US$ 4,3/bu, respectivamente.

“A produção sólida na América do Sul, juntamente com altos estoques nos EUA, deve limitar o aumento dos preços em dólar. No entanto, os preços da soja e do milho subiram 15%-55% no Brasil desde junho, respectivamente, devido ao real mais fraco e à comercialização tardia da segunda safra de milho”, comentam.

Nos últimos meses, os preços do algodão têm estado laterais em dólares nos últimos seis meses, e as analistas veem um aumento limitado devido aos preços estáveis/baixos do petróleo e ao crescimento limitado da demanda. “Por outro lado, a menor produção na Índia e o potencial corte de área em 2025 devem dar suporte aos preços”.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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