SLC Agrícola (SLCE3): BofA eleva recomendação para compra por dólar e maior área plantada
O Bank of America (BofA) elevou a recomendação para as ações da SLC Agricola (SLCE3) de neutro para compra, com o preço-alvo passando de R$ 22 para R$ 24 (potencial de alta de 39%).
Em reação, as ações SLCE3 subiram 3,22%, a R$ 17,97.
Dado esse cenário, o BofA:
- Elevou a estimativa de Ebitda para 2025 em 7%, assumindo um dólar em R$ 5,90 (de R$ 5,75) até 2025;
- Estima um CAGR (Taxa de crescimento anual) de Ebitda de 20% 24-26E, dada a expansão da área plantada, já anunciada, e maiores rendimentos; “A SLC não está alavancada com Dívida Líquida/Ebitda estimada em 1,0x até o ano de 2025, minimizando o impacto de taxas de juros mais altas no Brasil no fluxo de caixa”.
- Enxerga as ações sendo negociadas a um valuation atrativo.
SLCE3: Lucros devem crescer por área plantada e maiores rendimentos
Embora veja um aumento limitado nos preços das commodities em 2025, o Bank of America acredita que a SLC deve ser capaz de aumentar significativamente o Ebitda de R$ 2,16 bilhões para R$ 2,8 bilhões em 2024, já que a área plantada deve aumentar 11% para 734 mil hectares, enquanto os rendimentos de soja e milho devem aumentar 21% e 7% ano a ano, respectivamente.
- Espectadores do Giro podem ter acesso a relatórios do BTG e outros parceiros do Money Times; entenda
“Vemos um risco mais limitado para os rendimentos da soja neste momento, apesar do plantio tardio no Centro-Oeste, pois as condições climáticas melhoraram”.
Commodities devem seguir pressionadas em 2025
Para 2025, o banco prevê que os preços da soja e do milho em Chicago permaneçam pressionados, variando entre US$ 9,5-10/bushel (soja) e US$ 3,8-4,2/bushel (milho), contra preços spot de US$ 9,9/bu e US$ 4,3/bu, respectivamente.
“A produção sólida na América do Sul, juntamente com altos estoques nos EUA, deve limitar o aumento dos preços em dólar. No entanto, os preços da soja e do milho subiram 15%-55% no Brasil desde junho, respectivamente, devido ao real mais fraco e à comercialização tardia da segunda safra de milho”, comentam.
Nos últimos meses, os preços do algodão têm estado laterais em dólares nos últimos seis meses, e as analistas veem um aumento limitado devido aos preços estáveis/baixos do petróleo e ao crescimento limitado da demanda. “Por outro lado, a menor produção na Índia e o potencial corte de área em 2025 devem dar suporte aos preços”.