SLC Agrícola: o que está por trás da alta de 3% das ações SLCE3 nesta segunda-feira (2)?
As ações da SLC Agricola (SLCE3)figuraram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (2). Na primeira hora do pregão, os papéis chegaram a saltar 7,93% (R$ 18,79).
SCLE3 subiu 3,22%, a R$ 17,97. Com o forte avanço, a companhia zerou as perdas do ano na bolsa brasileira.
O gatilho para a alta foi a elevação de recomendação de neutra para compra pelo Bank of America (BofA). O banco também elevou o preço-alvo de R$ 22 para R$ 24 — o que representa um potencial de valorização de 37,8% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (29).
Na avaliação dos analistas, a companhia tem um risco-retorno “atraente”, “dados os ganhos sólidos”.
A forte valorização do dólar à vista (USDBRL) ante o real também apoia o movimento.
A moeda norte-americana avançou mais de 1% e fechou a R$ 6,0680 — em reação ao pacote fiscal anunciado pelo governo na última quarta-feira (27) e a ameaça do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, de elevar tarifas para produtos fabricados pelo Brasil e outros países que compõem o Brics.
Em entrevista ao Money Times, o diretor financeiro (CFO) da SLC Agrícola, Ivo Brum, afirmou que a desvalorização do real sobre o dólar é sempre positiva para a companhia, já que cerca de 40% do custo da companhia está atrelada à moeda brasileira.
“Não tomamos dívidas em dólares, e quando tomamos dólar, fazemos o swap para reais. A partir daí, nós pegamos a previsão de venda de volumes em 2025, e vamos vendendo câmbio dentro desses períodos. Quando ele chega a R$ 5,80, é ótimo, e você pega o futuro acima de R$ 6,50, e aí você traz o preço da saca de soja em um patamar competitivo ou com boa margem”, afirmou Brum.