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Sinovac ainda à espera de dados sobre eficácia de vacina

08 dez 2020, 7:36 - atualizado em 08 dez 2020, 7:36
Vacinas CoronaVac Sinovac
A Sinovac disse que o número de 97% se refere à taxa de soroconversão, que é diferente da eficácia da vacina (Imagem: Reuters/Tingshu Wang)

A vacina contra o coronavírus da fabricante chinesa Sinovac Biotech criou anticorpos em 97% dos que receberam o imunizante em ensaio de estágio final na Indonésia, mas sua eficácia ainda não foi determinada, disse um porta-voz da empresa na terça-feira.

A empresa esclareceu o dado após a PT Bio Farma, parceira da Sinovac na Indonésia, ter dito que a vacina havia mostrado 97% de eficácia nos primeiros ensaios clínicos no país.

Quando questionada sobre a resposta da Sinovac, a Bio Farma não confirmou a informação e disse apenas que a taxa final de eficácia será concluída em janeiro.

A Sinovac disse que o número de 97% se refere à taxa de soroconversão, que é diferente da eficácia da vacina, pois uma alta taxa de soroconversão não significa necessariamente que a vacina protege efetivamente contra a Covid-19.

A empresa de Pequim e parceiros ainda analisam os dados do ensaio de Fase III mais amplo no Brasil, onde esperam obter indicação da eficácia da vacina com base em cerca de 60 casos de Covid-19, disse o porta-voz.

Ao contrário dos pioneiros ocidentais, nenhum dos principais desenvolvedores de vacinas chinesas divulgou dados publicamente sobre a eficácia de suas vacinas nos ensaios de Fase III, o que dificulta a comparação com outros imunizantes ou estimar o prazo de provável aprovação para uso geral.

Ainda assim, doses já foram administradas a centenas de milhares de pessoas sob o programa de uso emergencial na China.

A medida gerou preocupação entre cientistas sobre os riscos potenciais do uso de vacinas cuja segurança ainda não foi completamente estudada.

A Pfizer disse no mês passado que a injeção desenvolvida em parceria com a BioNTech oferece taxa de proteção de mais de 90%.

Esse alto nível de eficácia também foi observado nas vacinas da Moderna, que usa uma tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) semelhante.

A vacina da AstraZeneca, um vetor viral desenvolvido com a Universidade de Oxford, impediu uma média de 70% dos participantes de adoecerem, segundo uma análise anterior.

Pfizer
A Pfizer disse no mês passado que a injeção desenvolvida em parceria com a BioNTech oferece taxa de proteção de mais de 90% (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa)

A vacina da Sinovac utiliza uma versão inativa do novo coronavírus para ensinar o sistema imunológico a reconhecer e destruir o verdadeiro. É um método amplamente utilizado em vacinas contra muitas outras doenças, como hepatite, gripe e poliomielite.

Embora os números impressionantes das vacinas experimentais de mRNA sejam difíceis de replicar, reguladores de medicamentos e a Organização Mundial da Saúde ainda consideram uma vacina viável se puder proteger pelo menos 50% das pessoas contra a Covid-19.

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